Open Access BASE2017

La decolonización del saber epistémico en la universidad ; The decolonization of epistemical knowledge at the university ; A descolonização do saber epistêmico na universidade

Abstract

Hace ya varias décadas que Latinoamérica salió del colonialismo "centroeuropeo", como lo llama Dussell; sin embargo, se mantiene una actitud de "colonialidad", entendida como un proceso amplio de control hegemónico de imposición de conocimientos, prácticas y formas culturales en todos los campos de la vida social, al tiempo que se desprecian y desdeñan los valores autóctonos, los conocimientos ancestrales y populares que Boaventura de Sousa Santos denomina con la metáfora de "las epistemologías del sur"; es decir, aquellas epistemologías de quienes no han tenido voz ni voto en las decisiones trascendentales de la vida social, económica, política y cultural, como los desposeídos, los marginados de la sociedad, campesinos, indígenas, afrodescendientes, homosexuales, entre otros. Los responsables de esta actitud colonialista, no solamente han sido los gobiernos que, mediante convenios y tratados bilaterales y multilaterales con las potencias hegemónicas, financian proyectos de diversa índole e imponen sus criterios e intereses en los distintos campos de la economía, la política y la educación. Pero también la misma educación ha tenido su responsabilidad en este proceso. El conocimiento impartido en las universidades es hegemónico y colonizador, que llega de Europa y Norteamérica. Por esta razón, la ciencia y el conocimiento que se producen en estas regiones, debe construirse para su validez, con las epistemologías y las metodologías de estas potencias; mientras que los conocimientos culturales, populares y ancestrales, se consideran obstáculos epistemológicos que no pueden convivir e interactuar con la epistemología de la ciencia clásica. Es por esto que la Universidad también tiene que "decolonizar" sus saberes para alcanzar un espacio transcultural que incluya todos aquellos conocimientos y cosmovisiones populares y tradicionales para que puedan ser tenidos como pares, en un diálogo de saberes dentro de los procesos de formación y aprendizaje. ; For several decades now Latin America came out of the "Central European" colonialism, as Dussell calls it; however, an attitude of "coloniality" is maintained, understood as an extensive process of hegemonic control of the imposition of knowledge, practices and cultural forms in all fields of social life, while despising and disregarding indigenous values, the ancestral and popular knowledge that Boaventura de Sousa Santos names with the metaphor of "the epistemologies of the south"; that is to say, those epistemologies of who have had no voice or vote in the transcendental decisions of social, economic, political and cultural life, such as those dispossessed, marginalized from society, peasants, indigenous, Afro-descendants, homosexuals, among others. The ones responsible for this colonialist attitude have not only been governments which, through bilateral and multilateral agreements and treaties with the hegemonic powers, finance projects of various kinds and impose their criteria and interests in the various fields of economy, politics and education. But also education itself has had responsibility in this process. The knowledge imparted in the universities is hegemonic and colonizing, that comes from Europe and North America. For this reason, the science and knowledge produced in these regions must be constructed for its validity, with the epistemologies and methodologies of these powers; while cultural, popular and ancestral knowledge, are considered epistemological obstacles that cannot coexist and interact with the epistemology of classical science. This is why the University also has to "decolonize" its knowledge to reach a transcultural space that includes all those popular and traditional knowledge and worldviews so they can be considered as equals, in a dialogue of knowledge within the processes of formation and learning. ; Há já varias décadas que Latino-américa saiu do colonialismo "centroeuropeio", como o chama Dussell; porém, se mantém uma atitude de "colonialidade", entendida como um processo amplo de controle hegemônica de imposição de conhecimentos, práticas e formas culturais em todos os âmbitos da vida social, ao mesmo tempo se despreza e desdenha os valores autóctones, os conhecimentos ancestrais e populares que Boaventura de Sousa Santos denomina com a metáfora de "as epistemologias do sul", aliás, epistemologias de aqueles que não têm tido voz nem voto nas decisões transcendentais da vida social, econômica, política e cultural, como os despojados, os marginalizados da sociedade, camponeses, indígenas, afrodescendentes, homossexuais. Os responsáveis dessa atitude colonialista, não somente tem sido os governos, que mediante convênios e tratados bilaterais e multilaterais com as potencias hegemônicas financiam projetos de diversa índole e impõem seus critérios e interesses nos diferentes campos da economia, a política e a educação. Mas também a mesma educação tem sido responsável neste processo. O conhecimento ensinado nas universidades é hegemônico e colonizador, que chega da Europa e Norte América. Por esta razão, a ciência e o conhecimento que se produz nestas regiões, deve se construir para sua validez, com as epistemologias e as metodologias de estas potencias; enquanto isso os conhecimentos culturais, populares e ancestrais se consideram obstáculos epistemológicos que não podem conviver e interagir com a epistemologia da ciência clássica. É por isso que a Universidade também deve "descolonizar" seus saberes para atingir um espaço transcultural que inclua todos aqueles conhecimentos e cosmovisões populares e tradicionais para que possam ser considerados pares, num diálogo de saberes dentro dos processos de formação e aprendizagem.

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