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Os estudos sobre Gestão Social se iniciaram na década de 1990. A construção desse campo está alicerçada num modelo onde os indivíduos são colocados como protagonistas no processo decisório, dando-lhes um espaço social de fala. Em aproximadamente 30 anos de estudos e interpretações, a Gestão Social deixou registros de sua evolução científica. Esse contexto induziu a identificação de padrões de comportamentos nas teses e dissertações produzidas sobre a temática. Através da técnica de data mining foram mapeados os orientadores e avaliada a disseminação da temática. Foram filtradas as teses e dissertações disponibilizadas pela CAPES no período de 2013 a 2019 com a expressão "Gestão Social". A aplicação de um algoritmo de segmentação dividiu as 271 produções científicas em grupos. Os resultados apontam que um pequeno grupo de professores é responsável pela maioria das orientações. Além disso, em determinados estados brasileiros, o campo encontra-se mais institucionalizado do que em outros.

Diferente das organizações que visam a maximização dos retornos econômicos, as cooperativas, por meio da propriedade coletiva e gestão democrática, buscam a valorização do ser humano. Apesar dessas diferenças, como qualquer outra instituição, as cooperativas precisam ser geridas. Para que os gestores eleitos pela Assembleia de cooperados conduzam o empreendimento para o sucesso, faz-se necessária a adoção de ferramentas de gestão, como a implantação de boas práticas de governança. Tais práticas se baseiam na transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa. Diante do exposto, esta investigação buscou identificar as dificuldades vivenciadas por esses estabelecimentos que impedem a adoção da governança e propor contribuições gerais que orientem novas práticas. Para tanto, utilizou-se da pesquisa exploratória, a partir de uma abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre a temática com o propósito de aprofundar a compreensão. Os resultados revelam que os membros das cooperativas brasileiras desconhecem os princípios que norteiam o funcionamento de seus empreendimentos e pouco se interessam pela tomada de decisões. Desse modo, sugere-se que o primeiro desafio a ser superado pelas cooperativas para trilharem o caminho da manutenção e sustentabilidade está na superação dessas fragilidades.