Resenha de Combate ao Terrorismo na América do Sul: Uma análise comparada das políticas do Brasil e dos Estados Unidos para a Tríplice Fronteira. Combate ao Terrorismo na América do Sul: Uma análise comparada das políticas do Brasil e dos Estados Unidos para a Tríplice Fronteira.
A obra Relações Internacionais Cibernéticas (CiberRI): Oportunidades e Desafios para os Estudos Estratégicos e de Segurança Internacional é o terceiro livro da Coleção Defesa e Fronteiras Virtuais, produzido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Organizado por Marcos Aurélio Guedes de Oliveira, Ricardo Borges Gama Neto e Gills Vilar Lopes, o livro reúne estudos de autores sul‑americanos cuja temática concentra‑se na utilização de novas tecnologias, sobretudo no uso do espaço cibernético, e suas implicações nos Estudos Estratégicos e de Segurança Internacional no século XXI.
As milícias são grupos armados irregulares que surgem a partir de discursos antitráfico de drogas e buscam legitimação através de serviços prestados à população e também do cargo público policial da maioria de seus integrantes. Esse fenômeno é percebido nas favelas do Rio de Janeiro, onde os grupos milicianos dominam algumas regiões, assumem o papel de Estado e passam a exercer o controle da ordem social e econômica local. Este artigo é um estudo de caso em que objetivou-se analisar as relações entre as milícias e o Estado no Rio de Janeiro por meio dos objetivos específicos de apresentar os debates sobre as instituições informais, a violência e os atores não estatais violentos, compreender a configuração e a atuação das milícias no Rio de Janeiro e explicar o arcabouço institucional informal que norteia as condutas milicianas enquanto organização informal. Procurou-se responder à seguinte questão: de que forma as milícias desafiam o poder do Estado no Brasil? Constatou-se que a atuação das milícias em atividades e serviços primordialmente públicos, assim como a infiltração nos meios de governança formal são os meios pelos quais estes grupos desafiam a autoridade estatal.
A Escola de Copenhague se destaca nos Estudos de Segurança principalmente pelos seus conceitos de segurança social e securitização, ao mesmo tempo que se coloca como uma perspectiva alternativa aos estudos tradicionais de segurança (Buzan; Hansen, 2012). Ainda assim, essa perspectiva teórica não está isenta de críticas, como mostra Lene Hansen (2000) ao abordar a ausência de discussões de gênero na Escola de Copenhague. Para ela, a insegurança de gênero não diz respeito apenas à redistribuição e reorganização da sociedade, mas também a questões fundamentais de sobrevivência. Tendo isso em vista, o trabalho pretende discutir os crimes de honra no Paquistão a partir de uma análise crítica da Escola de Copenhague, no âmbito da segurança discursiva. Será realizada análise do caso de Qandeel Baloch, assassinada por seu irmão em 2016 em nome da honra familiar, e que demonstra o cenário de intensa violência contra as mulheres paquistanesas. Percebe-se, ao final da pesquisa, que a Escola de Copenhague se distanciou de sua proposta inicial de teoria com viés societal, pois seus pressupostos teóricos acabam por ignorar dinâmicas de sociedades violentas e patriarcais, como o Paquistão, onde há silenciamentos e naturalização dos crimes de honra contra as mulheres.
O artigo tem como objetivo apresentar a relação entre Brasil e Rússia, analisando duas Declarações de parceria estratégica formalizadas em 2005 e 2017, imersos na temática econômica, em segurança e no setor energético-tecnológico. Conseguinte, serão abordadas questões geopolíticas russas pela teoria neoeurasiana e o papel do Brasil como parceiro estratégico.
O artigo trata do acolhimento dos refugiados na União Europeia, e possui como principal objetivo analisar esse acolhimento, considerando a securitização da migração como um empecilho para a proteção dos refugiados. Para conduzir a discussão sobre a temática, busca-se examinar a discussão política sobre as migrações forçadas na União Europeia, tendo como foco os refugiados e utilizando-se do exemplo da Itália. Além disso, outros objetivos subjacentes ao principal intento desta investigação buscam apresentar a importância da integração institucional e humanitária dos refugiados no local de acolhimento e, por fim, identificar soluções a fim de melhorar o acolhimento dos refugiados nos países da União Europeia. Observa-se que os Estados se eximem da sua responsabilidade enquanto importantes atores para a proteção desses migrantes forçados. Portanto, é necessário refletir sobre as medidas que contribuam para uma maior cooperação dos Estados, em vez de reforçar a securitização da migração local.