Abuse in Small Animals: a Ten-Year Retrospective and Epidemiological Study in the City of Patos-PB, Brazil
In: Ensaios e ciência: série ciências humanas sociais e da educação, Band 25, Heft 5-esp, S. 590-596
ISSN: 1415-6938
Domestic animals, especially pets, have a close and affectionate relationship with people. However, many of them are harmed by their supposed tutors. In Brazil, there are few veterinary studies looking at epidemiology of pets' mistreatment admitted to veterinary practices and hospitals, and none in Paraíba state. The aim of this study was to identify the occurrence and the epidemiological aspects of pets' mistreatment in the Veterinary Hospital from the Federal University of Campina Grande, Patos, Paraíba, Brazil. In addition, it was sought to exhibit the frequency of animal abuse cases and their respective levels of socio-environmental vulnerability by neighborhood. A retrospective study of medical records was carried out for a period of ten years. The data were analyzed descriptively. A total of 943 cases of mistreated pets were identified with 59.8% (564/943) in dogs and 40.2% (379/943) in cats. Males represented 50.9% (480/943) of the cases and 49.1% (463/943) were females. Dogs [40.60% (229/564)] and cats [54.35% (206/379)] up to one year of age were the most affected. Furthermore, the majority of dogs [74.3% (419/564)] and cats [98.15% (372/379)] mistreated were mixed breed. Negligence was evidenced with 69.1% (651/943) of mistreatment cases. There was also a higher frequency of mistreatment in neighborhoods with high levels of vulnerability. It is concluded that although the number of mistreated dogs was higher, proportionally cats were more likely to be victims of abuse and that in those poorer socioeconomic areas, harmful attitudes to domestic animals are a daily reality.
Keywords: Animal Mistreatment. Vulnerability. Pets. Violence.
Resumo
Animais domésticos, especialmente cães e gatos, mantêm uma relação estreita e afetuosa com as pessoas. No entanto, muitos são prejudicados por seus supostos tutores. No Brasil, existem poucos estudos veterinários sobre a epidemiologia dos maus-tratos a animais de estimação admitidos em clínicas e hospitais veterinários, e nenhum na Paraíba. O objetivo deste estudo foi identificar a ocorrência e os aspectos epidemiológicos dos maus-tratos a animais de estimação no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Patos, Paraíba, Brasil. Além disso, buscou-se apresentar a frequência dos casos de maus-tratos animais e seus respectivos níveis de vulnerabilidade socioambiental por bairros. Foi realizado um estudo retrospectivo de prontuários médicos por um período de dez anos. Os dados foram analisados descritivamente. Um total de 943 casos de animais de estimação maltratados foram identificados com 59,8% (564/943) em cães e 40,2% (379/943) em gatos. Os machos representaram 50,9% (480/943) dos casos e 49,1% (463/943) eram fêmeas. Os cães [40,60% (229/564)] e os gatos [54,35% (206/379)] até um ano de idade foram os mais acometidos. Ademais, a maioria dos cães [74,3% (419/564)] e gatos [98,15% (372/379)] maltratados eram sem raça definida (SRD). Evidenciou-se a negligência com 69,1% (651/943) dos casos de maus-tratos. Observou-se também maior frequência de maus-tratos em bairros com altos níveis de vulnerabilidade. Concluímos que embora o número de cães maltratados tenha sido maior, proporcionalmente os gatos tiveram maior probabilidade de serem vítimas de maus-tratos e que naquelas áreas socioeconômicas mais desfavorecidas, atitudes prejudiciais aos animais domésticos são uma realidade diária.
Palavras-chave: Maus-Tratos Animais. Vulnerabilidade. Animais de Estimação. Violência.