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No contexto de Belém, o artigo introduz uma análise do direito ao bem viver na cidade com base em perspectivas reflexivas. Tem como proposta utilizar a metodologia autoetnográfica para pensar a cidade e o bem viver às pessoas com deficiência, de modo a trazer a voz daquele sujeito que teve seu direito a acessar, transitar e participar da cidade negado por estruturas avessas à sua distinta corporalidade. No texto, a falta de humanização das PcDs nessa metrópole da Amazônia é transmitida por meio da escrevivência da coautora, que se baseia em percepção subjetiva e reflexiva da lacuna de políticas públicas para informar um problema que afeta todo o diverso grupo social. Consideramos que essa reflexividade possibilita um entendimento profundo e amplo dos processos de segregação e negação da vida urbana ancorados no capacitismo. As carências urbanas eclodem a não garantia de direitos e usufruto de uma cidadania plena para toda a população.