A presente pesquisa possui como problema central de investigação a análise do impacto da corrupção no fluxo de investimento estrangeiro direto (IED). A primeira parte da pesquisa estuda o papel do IED na economia globalizada; a segunda tem como objetivo analisar as consequências da corrupção em operações envolvendo IED. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema. A etapa da investigação aponta que a percepção da corrupção pode ser um fator condicionante para o ingresso de IED em um determinado país.
Este trabalho investiga os efeitos de choques de produtividade ocorridos sobre os fluxos de investimentos estrangeiros para a economia brasileira no período entre 1995 e 2015. A hipótese é que um país pode atrair investimentos por meio do aumento da produtividade doméstica. A análise empírica utiliza modelos SVAR (Vetores Auto-Regressivos Estruturais) com simulação de choques via funções de impulso-resposta e decomposição da variância. Os resultados indicam que o crescimento da produtividade brasileira é capaz de atrair fluxos de investimento estrangeiro direto para o Brasil, e que a depreciação do câmbio real afeta negativamente a produtividade no país.
As condições que promovem a competitividade nacional têm sido objecto de política governamental e debatidas no meio académico e empresarial. Neste artigo discutimos as condições de competitividade nacional em termos de sistemas de inovação, investimento do e no estrangeiro, capacidades tecnológicas e instituições. Os países inovadores beneficiam de efeitos de aprendizagem localizada que podem ser utilizados internamente e explorados no estrangeiro. A participação em redes de pesquisa e desenvolvimento não é a única avenida para o desenvolvimento tecnológico na presença de uma atitude de aprendizagem e adopção das mais recentes tecnologias. Palavras-chave: Desenvolvimento Tecnológico. Competitividade Nacional. Inovação. Sistemas De Inovação.
Resumo Após ter se tornado o principal parceiro comercial do Brasil em 2009, a China passou a exercer papel fundamental sobre a entrada de investimentos em setores estratégicos da economia brasileira. Durante os anos de 2005 a 2022, o IED acumulado chinês no país atingiu a marca de US$ 79 bilhões, com predominância em petróleo e gás (37%) e energia elétrica (33%). Diante desse quadro, o objetivo do artigo consistiu em analisar a intensificação dos investimentos da China no Brasil, tomando por base as estratégias mais amplas de internacionalização do capital chinês. O estudo identificou uma concentração maior em setores de energia, o que, por um lado, deriva não apenas da busca chinesa por tais recursos mundo afora, mas também de características do Brasil no período estudado, e que, por outro, implica em formas distintas de participação do capital chinês no país, seja via fusões e aquisições, como no setor elétrico, ou concessões de exploração, no caso de petróleo e gás.
Esta pesquisa analisa as relações existentes entre investimentos estrangeiros diretos (IEDs) e em carteira (IECs) no Brasil e seus determinantes macroeconômicos internos, visando responder à seguinte questão: há diferenças entre o IED e o IEC no Brasil e seus determinantes macroeconômicos internos? Para uma análise exploratória, utilizou-se a revisão bibliográfica, a estatística descritiva e a análise de cluster. A análise confirmatória deu-se por meio da estimação de dois modelos vetorial de correção de erro (VEC), considerando como variáveis dependentes o investimento estrangeiro direto e o investimento estrangeiro em carteira. As variáveis independentes foram risco, abertura comercial, taxa de câmbio e taxa de inflação. A análise de cluster foi utilizada como um pré-tratamento aos modelos VEC e demonstrou-se eficiente na classificação das variáveis com base em sua exogeneidade. As estimativas dos modelos VEC indicaram que a variável risco foi contrária ao investimento estrangeiro direto, mas positiva ao investimento estrangeiro em carteira. A abertura comercial não representou estímulo ao IED, mas foi favorável ao IEC. A desvalorização cambial atuou de forma distinta ao investimento estrangeiro, servindo como estímulo ao IED e desestimulando o IEC. A variável taxa de inflação apresentou sinal positivo ao investimento estrangeiro direto, mas foi negativa ao investimento estrangeiro em carteira.
Der Beitrag behandelt die Bedeutung ausländischer Direktinvestitionen für die Ökonomie Guinea Bissaus und den neuen Investitionscode von 1985. Er garantiert ausländischen Kapitalanlegern weitreichend Eigentum, Schutz vor Nationalisierung, Gewinn-, Dividenden- und Kapitaltransfer etc. (DÜI-Kör)
Atrair investimento direto externo (IDE) é uma parte importante da política de desenvolvimento econômico, e a maioria dos países do mundo vem estabelecendo agências nacionais de promoção de investimentos (international promotion agencies – IPAs) com o mandato de atrair IDE. Este artigo tem como objetivo destacar as melhores práticas na promoção de investimentos nacionais e subnacionais, a fim de aumentar sua capacidade de atrair e reter investimentos estrangeiros nos países. Uma lição que surge após a análise dessas experiências bem-sucedidas apresentadas é que as políticas de promoção de IDE devem ser complementadas por instrumentos que busquem melhorar as capacidades e os ativos locais e estimular vínculos diretos entre as multinacionais e as empresas nacionais.
Este trabalho visa compreender as reconfigurações territoriais desencadeadas no meio rural brasileiro a partir do início dos anos 2000 em decorrência da expansão dos monocultivos de cana destinados à produção de agrocombustíveis, bem como analisa a origem e montante dos investimentos estrangeiros diretos aplicados na produção brasileira de etanol. Para tanto, utiliza uma abordagem teórica que considera a existência de conflitos ambientais e territoriais associados à lógica operatória de exploração capitalista da natureza, e busca elucidar a presença de discursos hegemônicos direcionados a invisibilizar modos distintos e não dominantes de uso e apropriação dos recursos naturais. Ademais, inspirada nas contribuições de intelectuais latino-americanos aglutinados no que se denominou chamar paradigma modernidade-colonialidade, irá propor que a apropriação assimétrica dos recursos naturais tem sido parte integrante de uma condição de colonialidade na apropriação da natureza. Para sustentar essas análises, o artigo se vale da realização de dois trabalhos de campo conduzidos em áreas de expansão da monocultura de cana nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul e do uso de estatísticas oficiais cotejadas pelo IBGE e pelo Banco Central.
National competitiveness has been the subject of attention in academic and entrepeneurial forums as well as a matter of concern for governmental, industrial, and education-form policy makers. In this paper, we discuss the conditions for national competitiveness in terms of the innovation systems, foreign direct investment, technological capabilities, innovation and institutions. Innovative countries benefit from localized learning that may be exploited within and across borders. Participation in research networks is not the sole avenue to development when in presence of an attitude that promotes learning and the adoption of the most recent technologies. Key-words: Technological Development. National Competitiveness ; As condições que promovem a competitividade nacional têm sido objecto de política governamental e debatidas no meio académico e empresarial. Neste artigo discutimos as condições de competitividade nacional em termos de sistemas de inovação, investimento do e no estrangeiro, capacidades tecnológicas e instituições. Os países inovadores beneficiam de efeitos de aprendizagem localizada que podem ser utilizados internamente e explorados no estrangeiro. A participação em redes de pesquisa e desenvolvimento não é a única avenida para o desenvolvimento tecnológico na presença de uma atitude de aprendizagem e adopção das mais recentes tecnologias. Palavras-chave: Desenvolvimento Tecnológico. Competitividade Nacional. Inovação. Sistemas De Inovação.
Sem dúvida, os investimentos estrangeiros tecnicamente não fazem parte do sistema financeiro. Eles não constituem uma instituição, e nem atuam como intermediários. Contudo, é certamente impossível discutir os sistemas financeiros latino-americanos, nesse ou em qualquer outro período, sem levar em conta os investimentos estrangeiros. Ao mesmo tempo, estudos sobre os investimentos estrangeiros, que não analisam o impacto desses fluxos nos sistemas financeiros nacionais da América Latina e na própria natureza das transformações capitalistas nesses países constituem, no fim das contas, pouco mais do que glorificados exercícios de contabilidade ou meditações ahistóricas neoclássicas, sem menosprezar o valor intrínseco das quantificações e das meditações em geral.No mundo do pré-Guerra, os empréstimos externos para a América Latina representavam apenas uma parte do complexo de forças externas que contribuíram para moldar seus sistemas financeiros e seu desenvolvimento capitalista. Bancos comerciais, bancos de investimentos e companhias de seguros estrangeiras foram as mais óbvias manifestações institucionais dessa relação. As políticas fiscais e monetárias dos governos foram também fortemente influenciadas por forças externas - por exemplo, pelos empréstimos externos e pela arrecadação fiscal proveniente dos impostos sobre as importações. Por sua vez, a política oficial desempenhou o principal papel na formação e no funcionamento dos sistemas financeiros nacionais na América Latina, especialmente porque as necessidades fiscais dos governos eram da maior importância na relação entre o Estado e o setor bancário.
Os fluxos de capitais externos para investimento em carteira no Brasil tem se elevado nos últimos anos. Na década de 1990 o investimento estrangeiro foi predominantemente para renda fixa, e seu influxo exerceu influências sobre o câmbio. Na década seguinte este foi superado pelo investimento para renda variável. O objetivo deste trabalho é verificar se existe uma relação entre investimento estrangeiro em renda variável e taxa de câmbio, compreendendo as influências que exercem simultaneamente com Ibovespa e diferencial da taxa de juros, no período iniciado com a liberação do câmbio para flutuante em 1999, até 2012. Os resultados para o vetor auto regressivo e o teste de causalidade de Granger apontam para uma relação de causalidade da bolsa sobre o câmbio nos períodos de queda do Ibovespa, mas estes coeficientes ainda são inferiores aos do diferencial de taxa de juros.