ABSTRACT The COVID-19 pandemic has reduced access to food and increased food insecurity. The objectives were to analyse the prevalence of Food and Nutritional Insecurity (FNI) in Brazilian adolescents during the COVID-19 pandemic according to sociodemographic characteristics and to examine the association between FNI and risk and protective behaviours in Brazilian adolescents during the that period. Cross-sectional study with data from the 'ConVid teenagers – Behaviour Survey,' carried out between June and October 2020, using a self-administered questionnaire via mobile phone or computer. The population was made up of teenagers aged 12 to 17, totalling 9,470. The Prevalence Ratio (PR) and 95% Confidence Interval (95% CI) were used, using Poisson regression with robust variance. The prevalence of FNI (26.1%) was higher among adolescents of black and mixed race/colour and who study in public schools. Adolescents who reported FNI had lower consumption of vegetables and fruits, less physical activity, and greater use of cigarettes and alcohol. FNI was more prevalent in adolescents with worse socioeconomic conditions, and adolescents with FNI showed a higher frequency of health risk behaviours, highlighting the importance of intersectoral public policies to reduce inequalities.
RESUMO A pandemia de covid-19 reduziu o acesso aos alimentos e aumentou a insegurança alimentar. Objetivouse analisar a prevalência de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) em adolescentes brasileiros durante a pandemia de covid-19 segundo características sociodemográficas e examinar a associação entre IAN e comportamentos de risco e proteção em adolescentes brasileiros durante esse período. Estudo transversal com dados da 'ConVid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos', realizada entre junho e outubro de 2020, utilizando-se um questionário autoaplicado por meio de celular ou computador. A população foi adolescentes de 12 a 17 anos, totalizando 9.470. Utilizou-se a Razão de Prevalência (RP) e Intervalo de Confiança de 95% (IC95%), por meio da regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de IAN (26,1%) foi mais elevada entre os adolescentes da raça/cor preta e parda e que estudam em escola pública. Os adolescentes que relataram IAN tiveram menor consumo de hortaliças e frutas, menor prática de atividade física e maior uso de cigarros e álcool. A IAN foi mais prevalente em adolescentes com piores condições socioeconômicas, e, adolescentes com IAN apresentaram maior frequência de comportamentos de risco para a saúde evidenciando a importância de políticas públicas intersetoriais para a redução de desigualdades.
OBJETIVO: Apresentar determinados resultados de levantamentos sobre HIV/AIDS em conscritos do Exército Brasileiro, conduzidos em 1997-2002. MÉTODOS: Aplicaram-se questionários em 30970 conscritos, selecionados segundo um esquema de amostragem em 2 estágios, para obter informações sobre comportamento sexual, problemas relacionados a infecções sexualmente transmitidas e uso de drogas injetáveis. Desenvolveu-se um índice de comportamento sexual de risco para contemplar multiplicidade de parceria sexual e uso de preservativo. Estimou-se, para o ano de 2002, a taxa de prevalência de infecção pelo HIV. RESULTADOS: A porcentagem de uso regular de preservativo aumentou de 38%, em 1997, para 49%, em 2002. O índice de comportamento sexual de risco decresceu de 0,98 em 1997 para 0,87, em 2002. O índice de prevalência de infecção HIV foi de 0.09%, in 2002, permanecendo inalterado desde 1998 Práticas sexuais de maior risco foram observadas entre aqueles com baixa escolaridade e em "homens que fazem sexo com homens", como também entre aqueles com problemas de infecções sexualmente transmissíveis. O mais importante preditor de infecção pelo HIV foi a soropositividade para lues. CONCLUSÕES: A prevalência estimada de infeção pelo HIV suporta o diagnóstico que a epidemia de AIDS, no Brasil, é do tipo "concentrada". Os resultados indicam que são necessárias medidas de intervenção que contemplem diferenças regionais e também voltadas para subgrupos populacionais especiais. ; PURPOSE: To present selected results of military conscript surveys related to HIV/AIDS, conducted in Brazil, 1997-2002. METHODS: Questionnaires including information on socio-demographic data, sexual behavior practices, sexually transmitted infections-related problems, and use of injecting drugs were completed by 30970 individuals, obtained through a 2-stage sampling. An index of sexual risk behavior was developed to take into account multiplicity of partners and irregularity of condom use. The HIV infection prevalence rate was estimated for 2002. Logistic regression was used to identify the most important determinants of HIV infection. RESULTS: The percentage of regular condom use increased from 38% (1997) to 49% (2002), and the index of sexual risk behavior decreased from 0.98 in 1997 to 0.87, in 2002. The HIV infection prevalence rate was 0.09%, in 2002, which remained unchanged since1998 Riskier sexual practices among young men with incomplete education and among "men who have sex with men" were found as well as among the participants who reported at least one sexually transmitted infections - related problem. The most important predictor of HIV infection was to be positive for syphilis. CONCLUSIONS: The estimated value of the HIV infection prevalence supports the diagnosis of a concentrated HIV epidemic, in Brazil. Results indicate that particular attention needs to be paid for regional differentials, and for special subgroups, in Brazil.
ABSTRACT Introduction: Knowledge about risky sexual behavior among young people has been widely acknowledged as a key tool to controlling the spread of HIV. This article aimed at presenting the risk behavior of Brazilian Army conscripts toward HIV infection according to the country's geographic regions. . Method: We collected data from 37,282 conscripts, aged 17 to 22, during enlistment in the Brazilian Army in 2016. The prevalence of HIV infection, both self-reported and measured through laboratory results, and risk behavior factors were estimated by region. Results: 75% of the sample of conscripts reported to have already started sexual activity, and the average age of their sexual initiation was 15. Condom use varied according to the type of sexual relationship, being lower among steady partners and greater among less stable relationships. HIV prevalence assessed by laboratory tests was 0.12% across the country and the highest prevalence was observed in the North region (0.24%). Alcohol and illicit drug usage was higher in the South region. Discussion: The study allowed the observation of risk behavior monitoring for HIV infection among young Brazilians. Lower condom usage among steady partners may be contributing to an increase in the number of HIV-infected individuals. Conclusion: Results suggest the need to intensify prevention campaigns to disseminate safe sex practices among young people, in addition to the expansion of testing offer to this population.
RESUMO O objetivo do estudo foi analisar a adesão ao distanciamento social, as repercussões no estado de ânimo e as mudanças nos estilos de vida da população adulta brasileira durante o início da pandemia da Covid-19. Estudo transversal com indivíduos adultos residentes no Brasil (n = 45.161) que participaram do inquérito de saúde virtual ConVid - Pesquisa de Comportamentos, no período de 24 de abril a 24 de maio de 2020. Da amostra estudada, apenas 1,5% levou vida normal, sem nenhuma restrição social, e 75% ficaram em casa, sendo que, destes, 15% ficaram rigorosamente em casa. Os sentimentos frequentes de tristeza ou depressão (35,5%), isolamento (41,2%) e ansiedade (41,3%) foram reportados por grande parte da população estudada. Verificou-se que 17% dos participantes reportaram aumento do consumo de bebidas alcoólicas e que 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros. Observou-se aumento no consumo de alimentos não saudáveis e redução da prática de atividade física no período estudado. Conclui-se que houve elevada adesão ao distanciamento social e aumento dos sentimentos de tristeza, depressão e ansiedade, bem como aumento de consumo de alimentos não saudáveis, uso de bebidas alcóolicas e cigarros e redução da prática de atividade física.