In: Marques, V. A., Amaral, H. F., Souza, A. A. de, Santos, K. L. dos, & Belo, P. H. R. (2017). Determinants of Republications in the Brazilian Market: An Analysis Based on Earnings Management Incentives. Journal of Education and Research in Accounting (REPeC), 11(2). https://doi.org/10.17524/repec.v11i
Este trabalho descreve os resultados de uma pesquisa que teve dois objetivos: (i) comparar o desempenho das Ofertas Públicas Iniciais (IPOs, do inglês Initial Public Offerings) realizadas no mercado acionário brasileiro nos anos de 2004 e 2005 com o desempenho de empresas de capital aberto; e (ii) identificar se as IPOs passaram a fazer parte do Índice Bovespa (IBOV) no período pesquisado. Em um primeiro momento, foi feito o levantamento das variações nos preços das ações a cada ano subsequente à abertura de capital. Posteriormente, foi feita a comparação entre os múltiplos das IPOs com os múltiplos das empresas de capital aberto selecionadas. Os resultados mostraram que, no primeiro e no segundo ano de aniversário, 81,25% das IPOs apresentaram retorno positivo e, no terceiro ano, apenas 50% delas tiveram retorno positivo. Observou-se que as empresas com menor idade de fundação apresentaram os maiores retornos e que 45% delas começaram a fazer parte do IBOV no período pesquisado. Comparando-se os múltiplos, observou-se que, em todas as faixas etárias, as IPOs estão mais valorizadas em relação às empresas de comparação. Conclui-se, portanto, que o desempenho das IPOs, no período pesquisado, foi superior ao desempenho das empresas de comparação.
O principal objetivo deste estudo foi elaborar um índice de governança corporativa (IGC) para as empresas negociadas na B3. A amostra foi constituída por 116 empresas de capital aberto com papéis em negociação ou já negociados na B3. A natureza do estudo é quantitativa e a construção do IGC aconteceu por meio da análise dos componentes principais (ACP). O período de análise deste trabalho está compreendido entre 2010 e 2016. O trabalho buscou identificar qual dimensão de governança corporativa tem maior peso na classificação das empresas em relação a sua governança. Para a elaboração do IGC, foram estudadas 5 dimensões de governança: (i) estrutura de propriedade e controle; (ii) divulgação e transparência da informação; (iii) composição do conselho de administração; (iv) incentivo aos administradores; (v) direito dos acionistas. A partir dos resultados da ACP, foi possível classificar as empresas em relação a seus atributos de governança. Os resultados apontaram que dimensão (iii) foi a que apresentou maior peso na composição do índice de governança. Ressalta-se a importância dos resultados encontrados, contribuindo para a discussão de governança das empresas.
Têm surgido nos últimos anos algumas iniciativas voltadas tanto para a redução dos custos em hospitais como para a profissionalização e aperfeiçoamento da gestão dessas organizações. Dentre essas iniciativas, está a terceirização - transferência para terceiros de parte das atividades de uma empresa –, que vem sendo empregada pelos hospitais como uma estratégia de gestão e que se configura como uma opção de modernização e posicionamento competitivo ante as necessidades do mercado com relação aos custos e à qualidade dos serviços prestados. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa descrita no presente trabalho é identificar os hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e seus respectivos setores que adotam a prática da terceirização e correlacionar a natureza jurídica dessas organizações com a frequência de adoção da terceirização. A partir dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) referentes a 76 hospitais localizados na referida região metropolitana, observou-se que a lavanderia é o serviço de apoio mais terceirizado e que as organizações hospitalares que mais frequentemente recorrem à prática da terceirização são os hospitais com fins lucrativos. A partir dos resultados apresentados, espera-se contribuir (i) para os provedores de serviços externos no sentido de identificar potenciais oportunidades de contratação pelos hospitais e (ii) para os hospitais, no sentido de que seu planejamento estratégico deve considerar diferentes fatores para a tomada de decisão, principalmente com relação à adoção da prática da terceirização dentre as diversas práticas passíveis de serem adotadas pelas organizações de saúde em geral.
A Contabilidade pode ser considerada um sistema de informações (SI), por se caracterizar como um processo comunicativo que coleta, armazena, processa e distribui informações aos usuários. Os SI, em geral, são utilizados para armazenar e transformar dados em informações úteis, relevantes, claras e acuradas para o processo decisório. Os chamados Sistemas de Informações Contábeis (SIC) abrangem a organização como um todo, contemplando todos os processos de negócio. Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou mensurar a satisfação de usuários de SIC e identificar as limitações por eles apontadas. Por meio do método survey, foram aplicados questionários a diversos gestores, que avaliaram os SI e apontaram as principais restrições das informações geradas por tais sistemas. A análise qualitativa e quantitativa dos questionários aponta que os usuários de SIC buscam um sistema confiável, acessível, integrado e flexível, que gere informações acuradas, concisas e claras.
<p>A literatura estrangeira tem recorrentemente apresentado evidências de que a estrutura de governança e o nível de transparência afetam a qualidade informacional dos números contábeis. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi analisar a relação entre a qualidade das informações contábeis e o nível de transparência das empresas brasileiras. O estudo é descritivo, documental e quantitativo, com dados trimestrais de 18 empresas no período de 2007 a 2013. Os resultados evidenciaram que as empresas ganhadoras do Prêmio Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), as correlações (entre 52,8% e 63,1%) entre VMA, LPA e Patrimônio Líquido por Ação (PLA) foram estatisticamente significativas. O modelo de regressão foi estatisticamente significativo (α, 1) para as empresas ganhadoras, com um <!--?mso-application progid="Word.Document"?--> 12R2"> de 46,78%, enquanto o modelo para as não ganhadoras teve um <!--?mso-application progid="Word.Document"?--> 12R2"> de 0,01%. Além disso, as variáveis explicativas (LPA, PLA e intercepto) foram significativas ao nível de 1%, enquanto no modelo composto por empresas não ganhadoras, o PLA não foi significativo. A maior capacidade informacional dos números contábeis das empresas ganhadoras é coerente com a teoria da divulgação.</p><p>Palavras-chave: Qualidade das informações contábeis. Relevância do valor. Nível de transparência.</p>