O futuro das unidades familiares: uma análise das possibilidades de sucessão hereditária entre os agricultores ecologistas de Ipê (RS)
In: Novos cadernos NAEA: NCN, Band 12, Heft 2
ISSN: 2179-7536
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In: Novos cadernos NAEA: NCN, Band 12, Heft 2
ISSN: 2179-7536
Los estudios sobre alimentación se inclinan por temas sobre diversos problemas en términos de acceso y de calidad de los alimentos. Al nivel mundial las discusiones advierten sobre el proceso de industrialización de la alimentación y vinculan el tema de lo rural como un potencializador de las nuevas relaciones de producción y consumo como punto central para el proceso de reconexión y relocalización, los cuales constituyen estrategias alternativas y de resistencia al modelo hegemónico. En ese escenario de discusión, el presente artículo busca debatir la realidad rural del estado de Rio Grande do Sul (RS), argumentando que las relaciones de producción y consumo no están totalmente desconectadas. Pero esta desconexión se ha acelerado por los límites derivados de las políticas públicas y normas sanitarias vigentes en Brasil. Sin embargo, las estrategias de valorización del origen de los productos adoptadas en muchos lugares del estado de Rio Grande do Sul presentan limitaciones para la formalización de la producción de alimentos. Promueven, en consecuencia, la desaparición de prácticas artesanales y la diversificación de las unidades de producción familiares o la manutención de la informalidad. En el estudio también se identificó que el proceso de formalización está promoviendo la especialización de los productores y el encarecimiento de los alimentos, como consecuencia de las exigencias burocráticas y sanitarias, además de la pérdida de características artesanales de los alimentos en virtud de los patrones de calidad industriales impuestos por la legislación. Se desataca así la necesidad de discutir sobre los patrones de calidad de los alimentos vigentes en Brasil, que respeten la producción artesanal de los alimentos como forma de valorizar y preservar saberes y prácticas conectadas. Es comprensible que la discusión brasileña no debe centrarse en la búsqueda de la reconexión o relocalización como en Europa, sino en la valorización de los productos alimentarios y en las relaciones de producción y consumo existentes, permitiendo de esta manera la reproducción de los alimentos y de los medios de vida rural. ; There is a consensus in food studies which points out many problems in terms of access and the quality of food. Global discussions warn of the food industrialization process and suggest that the rural become a locus of new relations of production and consumption with a focus to the process of reconnection and relocalization. These analyzes suggest that these processes are strategies of alternative and resistance to the hegemonic agrifood model. This article seeks to discuss the rural reality of Rio Grande do Sul by arguing that, although in our context the relations of production and consumption have not been totally disconnected, they have been accelerated by public policies and existing sanitary standards in Brazil. However, the strategies of valorization of the product origin which are adopted in many places in Rio Grande do Sul present limits to the formalization of food production, which brings about the disappearance of both traditional practices of food production and diversification of family production units or the persistence of informality. It could be observed that the formalization process has been promoting the specialization of producers and an increase in food prices as a consequence of bureaucratic and sanitary demands. Besides that, it has brought about a loss of the artisanal characteristics of food production in view of the industrial quality standards imposed by law. Thus, it points out the need for discussion on quality standards in vigor in Brazil regarding the traditional food production as a way to value and preserve connected knowledge and practices. In this sense, we state that the Brazilian case does not follow the same perspective of reconnection or relocalization as it is happening in Europe, but in the valorization of existing food products and the corresponding production and consumer relations, allowing food maintenance as well as rural livelihood reproduction. ; Des études sur l'alimentation mise en scène des problèmes en matière d'accès et de qualité des aliments. Les débats mondiaux misent en garde le processus d'industrialisation de la nourriture et indiquent le milieu rural comme facilitateur de nouveaux rapports de production et de consommation avec une attention sur le processus de reconnexion et de relocalisation, qui sont des solutions alternatives et en même temps stratégies de résistance au modèle hégémonique. Dans ce cadre, cet essai propose de discuter la réalité rurale de l'État du Rio Grande do Sul (Brésil), mise en évidence qui les rapports de production et de consommation n'étaient pas totalement déconnectés, mais ont été accélérées par les limites découlant des politiques publiques et des normes sanitaires en vigueur au Brésil. Cependant, les stratégies de rétablissement de l'origine des produits adoptées en nombreux endroits dans le Rio Grande do Sul, ont des limites pour formaliser la production d'aliments, s'entraînant de la disparition de pratiques artisanales et de la diversification des unités de production familiales ou même en maintient de l'informalité. Nous avons identifié que le processus de formalisation est en train de conduire à la spécialisation des agriculteurs et à la hausse des prix de l'alimentation en raison des exigences bureaucratiques et sanitaires, au-delà de la perte des caractéristiques artisanales en raison des paramètres de qualité industrielle imposées par la législation. Mise en regard ainsi la nécessité d'un débat sur les normes de qualité des aliments en vigueur au Brésil concernant à la production artisanale de l'alimentation, comme un moyen de valoriser et de préserver les savoir-faire. Il est entendu que le débat brésilien ne devrait pas se concentrer sur la reconnexion ou la relocalisation de la même façon qu'en Europe, mais sur la valorisation des produits alimentaires et des rapports de production et de consommation existantes, permettant ainsi la reproduction des modes et moyens de vie ruraux. ; Estudos sobre a alimentação apontam diversos problemas no que tange ao acesso e a qualidade dos alimentos. Discussões mundiais advertem sobre o processo de industrialização da alimentação e apontam o rural como potencializador de novas relações de produção e consumo com foco para o processo de reconexão e relocalização, os quais constituem estratégias alternativas e de resistência ao modelo hegemônico. Nesse cenário de discussão, o presente ensaio busca debater a realidade rural do Rio Grande do Sul, argumentando que as relações de produção e consumo não foram totalmente desconectadas, mas vêm sendo aceleradas pelos limites decorrentes de políticas públicas e padrões sanitários vigentes no Brasil. Contudo, as estratégias de valorização da origem dos produtos, adotadas em muitos locais no Rio Grande do Sul, apresentam limites para a formalização da produção de alimentos, promovendo o desaparecimento de práticas artesanais e da diversificação das unidades de produção familiares ou a manutenção da informalidade. Identificou-se ainda que o processo de formalização vem promovendo a especialização dos produtores e o encarecimento dos alimentos, como consequência de exigências burocráticas e sanitárias, além da perda de características artesanais dos alimentos em virtude dos padrões de qualidade industriais impostos pela legislação. Destacase, assim, a necessidade de discussão sobre os padrões de qualidade dos alimentos vigentes no Brasil no que tange a produção artesanal de alimentos como forma de valorizar e preservar saberes e práticas conectadas. Compreende-se que a discussão brasileira não deve centrar-se na busca pela reconexão ou relocalização como na Europa, mas na valorização dos produtos alimentares e das relações de produção e consumo existentes, permitindo, assim, a reprodução de alimentos e de meios de vida rurais. ; 149 - 169 ; rafaela.vendruscolo@iffarroupilha.edu.br ; fabianathomedacruz@gmail.com ; Schneider, Sérgio ; Semestral
BASE
In: Desenvolvimento em Questão, Band 18, Heft 53, S. 222-244
ISSN: 2237-6453
Este artigo tem como tema a participação e o acesso da agricultura familiar do estado de Santa Catarina no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF)., o objetivo foi analisar a trajetória do acesso e da distribuição do crédito PRONAF no estado de Santa Catarina. O estudo caracteriza-se por uma abordagem que envolve tanto o uso de métodos quantitativos e qualitativos, tendo como delimitação o estado catarinense e o registro de acesso ao programa PRONAF entre 1996 e 2018. Os dados resultantes da pesquisa foram acessados junto ao Banco Central, considerando os recursos deflacionados pelo INPC para o ano de 2018. Os resultados apontam para crescimento no volume de recursos distribuído no período de 1996 a 2018, contabilizando aproximadamente 6,2 vezes o valor inicial, o equivalente a 619,1%. Por outro lado, o número de contratos apresentou oscilações, passando de 98 mil em 1996 para 90 mil contratos em 2018, permitindo constatar que o montante acessado por produtor é maior. A maior parcela dos recursos do crédito é destinada ao custeio, o que não impediu o registro de significativos incrementos a partir de 2006 para a linha de crédito de investimento. Constata-se concentração dos financiamentos em culturas/atividades ligadas às grandes cadeias do agronegócio no estado. É possível concluir que o PRONAF consiste em importante política pública de apoio ao segmento familiar rural do estado de Santa Catarina, visto que tem aumentando o montante acessado, ao mesmo tempo em que aponta para seletividade dos participantes do programa e crescimento da necessidade de recursos financeiros.
In: Estudo & Debate: planejamento e gestão, Band 30, Heft 2
ISSN: 1983-036X
O presente trabalho objetivou investigar os fatores associados a configuração dos canais de comercialização agroalimentares de frutas e hortaliças na microrregião de Cachoeira do Sul. Para a operacionalização da pesquisa teve 129 agricultores entrevistados, os quais tinham atividades produtivas de frutas e hortaliças, ou mesmo às duas atividades. Os dados foram submetidos a estatística descritiva, e análises de Fatorial e Cluster. Os principais fatores que configuram a comercialização agroalimentar neste território são as atividades de maior renda e produtos majoritários. A partir desta análise inicial, obteve-se três grupos. O primeiro grupo possui 69 agricultores e apresenta uma dinâmica de especialização produtiva, vinculada ao abastecimento de supermercados e feiras locais. O segundo grupo (47 agricultores), apresenta uma dinâmica de diversificação produtiva, apresentando canais de comercialização locais, no entanto, não é a principal atividade praticada. O terceiro grupo (13 agricultores) tende a buscar uma maior diversificação nos canais de comercialização e possui concentração de renda através destas atividades. Concluímos que as configurações dos canais de comercialização agroalimentar estão condicionadas às características dos territórios alicerçados, no entanto, a concentração de renda em uma atividade comercial leva a uma convencionalização produtiva e comercial.
In: Ambiente & Sociedade, Band 19, Heft 4, S. 21-38
ISSN: 1414-753X
Abstract This work has as its theme the common natural resources and the management models that allow new governance systems in the rural areas in the surrounding of protected areas. In this sense, this paper aims to discuss the collective action of social actors in the management of common natural resources in the surroundings of the National Park of Serra da Bodoquena (PNSB). Based on institutional approach for the study of the self-organisation and self-governance in common-pool resources situations developed by Elinor Ostrom, the investigation sought the theoretical explanation of phenomena. The conclusions point out that the expected mobilisation of groups of individuals in the pursuit of common goals is twofold. In this case, the participants of the action arena create different goals and different collective actions according to their interests.