Relaçãoes raciais no Brasil : aproximações teóricas e históricas -- O movimento Negro e a organização das mulheres negras nas lutas por liberdade e justiça social -- Estratégias de enfrentamento do racismo em âmbito nacional e internacional -- Institucionalização das políticas de promoção da igualdade racial no Brasil -- Aproximações analíticas sobre a institucionalização das políticas de igualdade racial- reconhecimento e redistribuição
The article "Policies of racial equality: processes of conquests of rights in Brazil and the African Continent" presents a quick reflection on the existence of structural racism, which directly affects black people (women and men), and also the whole population. Facing this situation, throughout history, many have been the strategies of fights to guarantee human rights and racial justice. Five areas structure this article: Our steps come from distant: the fight for democracy, human rights, and culture; There is no democracy with racism; Fights of the Black Movement and Black Women's Organizations in Brazil; Racial equality agenda of the relationship of Brazil and Africa; and Brazil integrating the logic of SULEAR the world. The article concludes that we must reinforce the daily fights for the guarantee of democratic rights and social justice, strengthen the utopia of broadening the conquests, and, above all, invest in structural changes.
Matilde Ribeiro, Professora adjunta na UNILAB – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Email: mribeiro@unilab.edu.br
Este artigo busca fazer um breve registro focando o processo organizativo das mulheres negras em diálogo com: a inclusão de gênero e raça nas políticas públicas; a realização das conferências internacionais - em especial a Conferência Mundial sobre as Mulheres e a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância; o pós-Durban, a ação e o monitoramento; e os 120 anos após a abolição da escravidão. Ao final, são formulados alguns desafios a considerar na luta pela igualdade e justiça social.
O presente texto se baseia no debate proposto por Mary Hawkesworth no artigo "A semiótica de um encontro prematuro: o feminismo em uma era pós-feminista", orientando-se por um olhar latino-americano-caribenho sobre as transformações do feminismo e as conquistas das mulheres em momentos cruciais dessa articulação, relembrando fases memoráveis como a renovação dos ideais feministas, a autonomia do movimento de mulheres negras e sua inter-relação com o ativismo negro e feminista, articulações internacionais sintonizados com a realidade/diversidade brasileira e a incorporação da agenda feminista nas instâncias governamentais. A autora expõe o dinamismo e a capacidade de retroalimentação do feminismo brasileiro, características que possibilitam a força necessária para sua sobrevivência e inovações harmonizadas com a evolução de valores sociais diante das conquistas decorrentes de sua existência nos cenários local, regional e global. Substancialmente, desenvolve o texto com ênfase no ativismo local como desencadeador de uma ação efetiva de Estado para eqüidade de gênero e raça.
O artigo analisa a importância do papel do Estado para a implementação das políticas públicas de ação afirmativa, especialmente para estudantes negros ingressarem no ensino superior público. Argumenta-se que a ação afirmativa é uma das alternativas para reduzir ou minimizar a desigualdade de inserção entre estudantes negros e brancos de escolas públicas e/ou particulares no ensino superior, especialmente por meio de uma de suas técnicas de implementação: o sistema de cotas. Embora haja vários argumentos contra o sistema de cotas, os autores se concentraram em debater ou contra-argumentar apenas um: o de que o sistema de cotas poderá gerar conflitos raciais no Brasil.