Was Agriculture a Key Productive Activity in Pre-Colonial Amazonia? The Stable Productive Basis for Social Equality in the Central Amazon
In: Human-Environment Interactions, S. 371-388
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In: Human-Environment Interactions, S. 371-388
In: Annual review of anthropology, Band 38, Heft 1, S. 251-266
ISSN: 1545-4290
Amazonian archaeology has made major advances in recent decades, particularly in understanding coupled human environmental systems. Like other tropical forest regions, prehistoric social formations were long portrayed as small-scale, dispersed communities that differed little in organization from recent indigenous societies and had negligible impacts on the essentially pristine forest. Archaeology documents substantial variation that, while showing similarities to other world regions, presents novel pathways of early foraging and domestication, semi-intensive resource management, and domesticated landscapes associated with diverse small- and medium-sized complex societies. Late prehistoric regional polities were articulated in broad regional political economies, which collapsed in the aftermath of European contact. Field methods have also changed dramatically through in-depth local and regional studies, interdisciplinary approaches, and multicultural collaborations, notably with indigenous peoples. Contemporary research highlights questions of scale, perspective, and agency, including concerns for representation, public archaeology, indigenous cultural heritage, and conservation of the region's remarkable cultural and ecological resources.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 15, Heft 2
ISSN: 2178-2547
Resumo Este artigo faz um balanço dos dados atualmente disponíveis para a arqueologia da área a jusante das cachoeiras do alto rio Madeira. Trata-se de um segmento-chave do maior afluente do rio Amazonas, que possui suas áreas de cabeceira nos Andes Centrais: ele é formado pela junção de grandes rios que vêm da Bolívia e do Peru – Mamoré, Beni e Madre de Díos. Nossa análise comparativa indica que a arqueologia da área a jusante das cachoeiras do rio Madeira possui mais semelhanças com padrões observados na Amazônia central do que com a região de seus formadores. Por outro lado, o alto Madeira também denota elementos da diversidade cultural que caracterizam o seu entorno. Sendo assim, propomos que as cachoeiras do Madeira funcionaram como uma área de fronteira persistente ao longo do Holoceno tardio, conectando regiões com padrões culturais distintos na bacia amazônica.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 15, Heft 2
ISSN: 2178-2547
Resumo Este artigo discute a ocupação indígena de uma aldeia circular no século XV, a partir da forma de assentamento e da análise da cerâmica identificada no sítio arqueológico Novo Engenho Velho, localizado no alto rio Madeira. Esses componentes espaciais são analisados em relação aos padrões de assentamento conhecidos na Arqueologia. A análise técnico-funcional da cerâmica aponta para uma padronização na produção das vasilhas, e a variabilidade existente é atribuída às diferentes atividades e funções dos artefatos. Esses elementos têm sido pensados como correlatos dos produtores da cerâmica Jatuarana (Tradição Polícroma) e a deposição em uma aldeia circular traz implicações para os atuais modelos arqueológicos propostos para a Amazônia.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 19, Heft 2
ISSN: 2178-2547
Resumo No presente artigo, propõe-se um diálogo entre registros históricos e arqueológicos da Amazônia, partindo da história indígena de longa duração do médio Solimões, em especial de seu último período associado às ocupações da Tradição Polícroma da Amazônia (TPA). Para isso, tratamos da história das relações entre fontes escritas e dados arqueológicos na Amazônia, notando como a arqueologia do colonialismo e a arqueologia documental podem fortalecer a compreensão contextual do registro arqueológico e elucidar o período mais tardio das ocupações associadas à TPA na região. Em seguida, apresentamos brevemente os contextos e as fontes analisadas, os métodos utilizados, assim como os resultados obtidos. A pesquisa se estende até o início do século XX, mas maior enfoque é dado ao estudo dos séculos XVI a XVIII. Na discussão, o objetivo é o de reavaliar a própria história da TPA e suas periodizações. A conclusão leva a um debate sobre rumos para expandir as possibilidades do diálogo entre história, arqueologia e etnologia da Amazônia e sobre a arqueologia do colonialismo amazônico.
In: Cadernos do LEPAARQ: Revista do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas (LEPAARQ-UFPEL), S. 366-385
ISSN: 2316-8412
Resumo: O estudo sobre a ocupação humana na Amazônia Central privilegiou, até recentemente, a análise de vestígios arqueológicos mais facilmente preservados no contexto amazônico. Nos últimos anos este cenário recebeu a contribuição de pesquisas com macro e microvestígios vegetais. Neste contexto insere-se a análise dos remanescentes macrobotânicos carbonizados dos sítios Osvaldo, Lago Grande e Açutuba, que evidenciou a presença de recursos alimentícios tais como fragmentos de coquinhos (Arecaceae), tubérculos, sementes e Zea mays, além de fragmentos de madeira (lenho) carbonizados. A distribuição destes elementos botânicos entre as camadas arqueológicas indica que diferentes atividades culturais foram responsáveis pela constituição dos remanescentes vegetais carbonizados e que algumas destas prevaleceram em relação a outras em momentos distintos da ocupação dos sítios. Abstract: Until recently the study of human occupation in the Central Amazonia focused on the analysis of archaeological remains with better preservation in this tropical context. The scenario has changed in recent years with contributions from research on micro and macrobotanical remains. We add to this with the analysis of charred macrobotanical remains from the archaeological sites of Osvaldo, Lago Grande, and Açutuba, Amazonas State. In these sites, food resources such as palm nut fragments, tubers, seeds, and maize were retrieved, in addition to wood. The distribution of these botanical elements in the archeological layers suggests that different cultural activities were responsible for the composition of the record. Moreover, they suggest that at different times during the occupation of these sites the use of some types of the charred plant remains prevailed over others.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 16, Heft 1
ISSN: 2178-2547
Resumo A elaboração de tecnologia de armazenamento de alimentos pelos povos indígenas da Amazônia é um tema descrito desde os relatos dos primeiros cronistas europeus na região. Frequentemente são encontrados, de maneira fortuita ou em sítios arqueológicos, artefatos culturais denominados 'pães-de-índio', presentes em diversos ambientes e bacias hidrográficas e relatados pelos moradores locais como um composto de plantas processadas e enterradas, comestíveis mesmo depois de anos enterrados. A partir da década de 1980, porém, uma série de trabalhos botânicos e micológicos vem classificando estes supostos pães como um fungo do gênero Pachyma Fr., Polyporus indigenus. Este artigo apresenta evidências arqueológicas, microbotânicas e etnográficas que mostram que pães-de-índio foram compostos preparados pelo processamento de espécies frutíferas e tuberosas, amplamente descritas pelos povos indígenas. Apresentamos os resultados da primeira tentativa de extrair grãos de amido de dois desses artefatos, os quais testaram positivamente para grãos de amido de milho, pimenta, batata-mairá e outras espécies de vegetais. Este texto dedica-se a demonstrar, ainda, que pães-de-índio são o testemunho do manejo e do uso da diversidade de plantas da floresta e do emprego de um conjunto de instrumentos e técnicas de produção com fins ao armazenamento de alimento.
In: American anthropologist: AA, Band 114, Heft 4, S. 652-667
ISSN: 1548-1433
ABSTRACT We use a recently developed computerized modeling technique to explore the long‐term impacts of indigenous Amazonian hunting in the past, present, and future. The model redefines sustainability in spatial and temporal terms, a major advance over the static "sustainability indices" currently used to study hunting in tropical forests. We validate the model's projections against actual field data from two sites in contemporary Amazonia and use the model to assess various management scenarios for the future of Manu National Park in Peru. We then apply the model to two archaeological contexts, show how its results may resolve long‐standing enigmas regarding native food taboos and primate biogeography, and reflect on the ancient history and future of indigenous people in the Amazon.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 8, Heft 3, S. 759-769
ISSN: 2178-2547
A recuperação de macrovestígios vegetais para análises arqueobotânicas tem demandado a adaptação da metodologia empregada aos diferentes tipos de ambientes encontrados nos sítios arqueológicos ao redor do mundo. Na Amazônia, sedimentos argilosos com elevado potencial de agregação das partículas frequentemente dificultam a recuperação dos remanescentes orgânicos e inorgânicos. Esta nota apresenta a metodologia empregada no tratamento de amostras de sedimento provenientes de sítios arqueológicos localizados na Amazônia central, destacando o uso de defloculantes, associados à técnica de flotação. A minimização do viés amostral na recuperação de macrovestígios vegetais permitirá melhores resultados de análises arqueobotânicas.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 15, Heft 2
ISSN: 2178-2547
Resumo Novos estudos arqueobotânicos mostram que a região da bacia do alto Madeira é uma área onde foram domesticadas várias plantas durante o Holoceno inicial e médio, confirmando o que já havia sido apontado por dados genéticos há anos. No entanto, há menos acúmulo de dados sobre as relações entre pessoas e plantas para as ocupações humanas no Holoceno tardio. Na calha do alto rio Madeira, ocorrem extensos pacotes de terra preta antropogênica associados a populações ceramistas que viviam na região entre 3.000 e 400 anos atrás. Essas populações deixaram uma riqueza de informações que nos permitem enxergar tais relações através de estudos arqueobotânicos. Este artigo relata novos dados microbotânicos dos sítios Teotônio e Santa Paula para propor novas hipóteses sobre os sistemas de manejo efetuados por essas populações. Além de documentar uma proliferação de cultivos domesticados, foi possível sugerir algumas mudanças no uso de plantas ao longo do tempo. Vimos também como os dados arqueobotânicos podem elucidar questões relacionadas à própria formação dos sítios arqueológicos.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 14, Heft 1, S. 207-227
ISSN: 2178-2547
ABSTRACT Amazonian dark earths (ADEs) are fertile soils created by pre-Columbian Amerindian societies of the Amazon Basin. However, it is still not clear whether these soils were produced intentionally to improve infertile Amazonian upland soils or if they resulted from the accumulation of organic matter from sedentary settlements. This study characterizes the ADEs found in the naturally fertile alluvial floodplains of the Amazon River in the Central Brazilian Amazon according to total, exchangeable, and available contents of elements and organic carbon in soil profiles. ADEs contained higher levels of available elements and total P, Ca, Zn, and Cu. High total Cr, Ni, Co, and V content in these soils indicate that mafic minerals contributed to their composition, while higher contents of P, Zn, Ba, and Sr indicate anthropic enrichment. The presence of ADEs in floodplain areas strongly indicates non-intentional anthropic fertilization of the alluvial soils, which naturally contain levels of P, Ca, Zn, and Cu higher than those needed to cultivate common plants. The presence of archaeological sites in the floodplains also shows that pre-Columbian populations lived in these regions as well as on bluffs above the Amazon River.
In: Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi. Ciências humanas, Band 17, Heft 1
ISSN: 2178-2547
Resumo Este artigo apresenta os resultados da análise petrográfica realizada em 22 fragmentos de cerâmicas provenientes da fase Bacabal, do sambaqui Monte Castelo (Rondônia), uma das cerâmicas mais antigas da Amazônia, datada de mais de 4.000 anos AP. A análise petrográfica confirmou a alta frequência de espículas de espongiários dulcícolas (cauixi) como antiplástico, com dados inéditos sobre a distribuição das espículas, que permitem inferir o processo de preparação da pasta cerâmica e de manufatura do vasilhame. A mesma proporção entre matriz argilosa e cauixi foi detectada ao longo de todas as camadas Bacabal, independente de variações individuais para cada elemento. Isso permite supor a existência de uma receita de cerâmica mantida ao longo da ocupação Bacabal do sítio. O mesmo tipo de cauixi descrito na pasta cerâmica foi identificado em sedimentos argilosos prospectados na região, embora em frequência menor. Assim, a fabricação das cerâmicas Bacabal poderia ter envolvido uma combinação entre: seleção de argilas naturalmente ricas em espículas e cauixi adicionado intencionalmente. O cauixi na fase Bacabal representa um caso excepcional para a investigação sobre o desenvolvimento de tecnologias cerâmicas, sustentadas pela utilização desses antiplásticos, que se tornaram populares durante o Holoceno Superior nas terras baixas da América do Sul.