Principais determinantes das respostas à pandemia de Covid-19: modelos epidemiológicos, política macroeconômica, desigualdade de renda e capital social
In: Revista Caribeña de Ciencias Sociales: RCCS, Band 13, Heft 4, S. e3822
ISSN: 2254-7630
O objetivo do trabalho é propor uma interpretação quanto aos fatores que foram (ou são) determinantes para mitigar as consequências mais imediatas de uma crise pandêmica, bem como àqueles que podem fazer soçobrar as respostas de políticas públicas. Para tanto, buscou-se responder as seguintes questões: as políticas macroeconômicas são suficientes para aplacar as consequências de uma pandemia, como a do COVID-19? A estrutura institucional de cada sociedade e a desigualdade importam? A estratégia metodológica consistiu em elaborar uma revisão de literatura que buscasse responder aos problemas propostos a partir das experiências dos Estados Unidos e da China (os dois principais casos de ocorrência do patógeno). Entre os resultados destacam-se a) a política fiscal, ainda que necessária, é insuficiente para explicar o desempenho dos Estados Nacionais à crise; b) as políticas de isolamento social são mais eficientes em sociedade mais homogêneas; c) maiores níveis de capital social produzem um distanciamento social mais efetivo; e d) somente a combinação de políticas híbridas, do ponto de vista, epidemiológico, foi capaz de produzir uma reabertura com mudança real na trajetória da pandemia, com menos casos e mortes.