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Cor, gênero e classe: dinâmicas da discriminação entre jovens de grupos populares cariocas
In: Cadernos pagu, Heft 32, S. 301-329
Este trabalho discute as dinâmicas de discriminação entre moças e rapazes das camadas populares do Rio de Janeiro, considerando o papel que as hierarquias de cor/raça, gênero e classe social desempenham na configuração das práticas sociais. A análise tem por base entrevistas em profundidade com 42 jovens, de 18 a 24 anos. As situações de discriminação são referidas com maior frequência pelos rapazes. Entre os homens tais experiências estão associadas principalmente aos espaços públicos e ao mercado de trabalho, enquanto entre as mulheres a discriminação está mais vinculada aos espaços privados e ao local de moradia. Os dados estimulam uma discussão sobre a heterogeneidade das experiências de discriminação, na qual a cor/raça está associada às condições sociais e às relações de gênero.
Discriminação, cor e intervenção social entre jovens na cidade do Rio de Janeiro (RJ, Brasil): a perspectiva masculina
In: Estudos feministas, Band 14, Heft 1, S. 199-218
ISSN: 1806-9584
Este trabalho aborda a temática da discriminação e do racismo entre jovens cariocas, analisando as percepções, vivências e reações do grupo diante das situações de preconceito. O estudo integra uma pesquisa mais ampla sobre a repercussão de intervenções sociais nas trajetórias de rapazes e moças das camadas populares. Para tanto, foram realizadas entrevistas em profundidade com 42 jovens, entre 18 e 24 anos, com e sem a participação em projetos voltados para a formação da cidadania e capacitação profissional. No presente artigo foi privilegiada a análise das falas dos/das jovens sobre os circuitos, as redes e os processos que envolvem as práticas discriminatórias na cidade do Rio de Janeiro. Destacamos as configurações que a discriminação e o racismo assumem entre os jovens do sexo masculino com experiência em projetos sociais e suas implicações para a sociabilidade e o acesso a determinados espaços sociais. A perspectiva comparativa entre os/as jovens com e sem experiência institucional forneceu pistas interessantes sobre as interfaces entre raça, classe e gênero, ampliando assim o entendimento das especificidades das relações raciais no Brasil.
Homoerotismo feminino, juventude e vulnerabilidade às DSTs/Aids
In: Estudos feministas, Band 21, Heft 3, S. 905-926
ISSN: 1806-9584
O artigo discute os descompassos entre as identidades (sexuais e de gênero), os desejos e as práticas sexuais, bem como as relações entre identidades sexuais e percepções de risco às DSTs/Aids de um grupo de mulheres jovens, autoclassificadas como lésbicas ou bissexuais, frequentadoras de espaços de entretenimento noturno no Rio de Janeiro (RJ). Frente à relação entre a construção das identidades e os processos de vulnerabilidade, a análise se debruça no papel das identidades sexuais nos contextos de interação social e trajetórias erótico-afetivas do grupo, apontando circunstâncias relativas à sociabilidade, ao gênero e ao perfil social que balizam a suscetibilidade às DSTs. Os achados revelam que a autodefinição das categorias identitárias das jovens varia em função dos relacionamentos afetivo-sexuais com parcerias de ambos os sexos e das redes de sociabilidade, em distintos momentos de suas vidas, indicando um sentido de fluidez na expressão da sexualidade. A lógica de proteção às DSTs/Aids do grupo é influenciada pela intimidade estabelecida nos relacionamentos afetivos e pela percepção de 'segurança' nas práticas homoeróticas femininas. Frente à importância das práticas homo e heterossexual para a transmissão das DSTs e a tendência das campanhas preventivas em privilegiar grupos com identidades fixas, sugere-se que políticas voltadas para a saúde sexual e a saúde da mulher priorizem a história sexual das mulheres e as relações entre suas práticas e identidades em contextos específicos.
Forum on stigma, discrimination, and health: policies and research challenges. Introduction ; Fórum: estigma, discriminação e saúde: desafios políticos e acadêmicos. Introdução
This introduction outlines the Forum on stigma, discrimination, and health: policies and research challenges, including four articles and a final commentary. The first article reviews the development of international research on the relationship between discrimination and health. The second analyzes the recent Brazilian research output on AIDS, stigma, and discrimination. The third article addresses conceptual and methodological aspects of the relations between discrimination and health from an epidemiological perspective. The forth examines the process of affirming sexual rights in Brazil, involving the judiciary system, public policies, and the executive and legislative branches of government, among others. The fifth paper presents comments and questions on the contents discussed in the first four articles. The reflections aim to provide conceptual and methodological contributions for research and health policies on stigma and discrimination, given the gaps identified in the international and Brazilian literature. ; Esta introdução apresenta o Fórum: estigma, discriminação e saúde: desafios políticos e acadêmicos, com quatro artigos e um comentário final. O primeiro artigo discute o desenvolvimento da pesquisa internacional sobre as interseções entre discriminação e saúde. O segundo analisa a produção acadêmica nacional recente sobre AIDS, estigma e discriminação. O terceiro discute aspectos conceituais e metodológicos das relações entre discriminação interpessoal e agravos de saúde nos estudos epidemiológicos. O quarto examina o processo de afirmação dos direitos sexuais no Brasil que envolve o sistema judiciário, políticas públicas e as esferas executivas e legislativas do Estado, entre outros. O quinto trabalho tece considerações e questionamentos sobre os conteúdos apresentadas nos quatro artigos. As reflexões visam fornecer aportes conceituais e metodológicos para pesquisas e políticas em saúde sobre a produção do estigma e da discriminação, haja vista as lacunas sobre o tema na produção acadêmica nacional e internacional. ; Fundação Oswaldo Cruz Instituto Oswaldo Cruz ; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) ; UNIFESP ; SciELO
BASE
Aids e prevenção: um olhar retrospectivo sobre projetos sociais com jovens no Rio de Janeiro
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe7, S. 48-61
ISSN: 2358-2898
RESUMO Desde 2010, vem-se observando um desmonte de políticas na área da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos. Este artigo objetivou recuperar a memória de intervenções sociais voltadas para o enfrentamento do HIV/Aids. Para tanto, analisou dois projetos sociais com jovens, desenvolvidos por organizações governamentais e não governamentais, na década de 2000, na favela da Maré, no Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo socioantropológico que envolveu análise documental e entrevistas com as coordenadoras dos projetos, visando identificar princípios norteadores, abordagens metodológicas e lições. Os achados indicam que o trabalho de prevenção ao HIV/Aids considerou as demandas dos(as) jovens e abordou, de forma participativa, concepções sobre direitos, sexualidade, gênero e vulnerabilidade. O estímulo à atuação juvenil na produção de intervenções e as parcerias institucionais resultaram em atividades sobre temas do cotidiano vinculados, direta ou indiretamente, à prevenção ao HIV. Tal enfoque se contrapõe aos modelos de ação preconcebidos, muitas vezes impostos em contextos de vulnerabilidade social. Os projetos não estiveram isentos de tensões nas relações adulto vs jovens. Todavia, os desafios foram narrados a partir de uma perspectiva de aprendizagem, indicando a importância da recuperação da experiência pela memória, que ajuda a identificar lições aprendidas e a orientar ações futuras.
Feminismo negro: raça, identidade e saúde reprodutiva no Brasil (1975-1993)
In: Estudos feministas, Band 20, Heft 1, S. 133-151
ISSN: 1806-9584
Este artigo tem o propósito de investigar as interfaces entre gênero, cor/raça e saúde pública no Brasil, tendo como foco a importância da saúde reprodutiva para a constituição de um feminismo negro no país, entre os anos de 1975 a 1993. O feminismo negro se formou a partir das relações entre as militantes negras e os movimentos feminista e negro. O tema da saúde reprodutiva, com recorte racial, adquiriu importância na década de 1980, a partir de denúncias de esterilizações cirúrgicas entre mulheres negras. O artigo investiga o contexto em que emergiram tais denúncias e a relevância dessas para a formação de uma identidade entre as ativistas negras.
Identidades, trânsitos e diversidade sexual em contextos de sociabilidade juvenil no Rio de Janeiro (Brasil)
In: Cadernos pagu, Heft 35, S. 79-109
A partir de um estudo etnográfico em espaços de sociabilidade juvenil homoerótica na cidade do Rio de Janeiro, este artigo discute os modos de expressão das identidades sexuais entre mulheres e homens jovens, as motivações para as interações afetivo-sexuais e as dinâmicas da circulação nos espaços pesquisados A análise é informada pela influencia dos marcadores sociais, relativos à inserção social, gênero e cor/raça, na conformação das práticas e identidades sociais. As interações homoeróticas juvenis urbanas sugerem permanências e mudanças nas distinções de gênero, bem como uma ampliação das experiências sexuais e uma tendência a menor fixidez das identidades sexuais.
Raça, sexualidade e saúde
In: Estudos feministas, Band 14, Heft 1, S. 11-14
ISSN: 1806-9584
'Irmandade travesti é a nossa cura': solidariedade política entre travestis e mulheres trans no acesso ao cuidado em saúde e à prevenção ao HIV
In: Saúde em Debate, Band 46, Heft spe7, S. 103-116
ISSN: 2358-2898
RESUMO Diversos estudos descrevem as condições de vulnerabilidade social das pessoas trans e suas experiências de discriminação nos serviços de saúde. Tais situações dificultam o acesso dessa população à promoção e ao cuidado em saúde e, no caso particular da Aids, resultam na baixa adesão à prevenção e ao tratamento. Este artigo discute as estratégias para o acesso aos serviços públicos de saúde e à prevenção ao HIV desenvolvidas por travestis e mulheres trans da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A reflexão baseou-se em dois estudos: um sobre testagem de HIV e outro sobre o uso das tecnologias biomédicas de prevenção (PrEP, PEP). Os achados, decorrentes da observação participante e de entrevistas, demonstram que a produção do cuidado em saúde desse grupo se constrói alicerçada em uma certa solidariedade política, aqui denominado de irmandade, que medeia a relação de travestis e mulheres trans com o território, os dispositivos de saúde e a experiência com o HIV/Aids. Tais dados sugerem a importância de as políticas de saúde considerarem as condições de vulnerabilidade das pessoas trans, as demandas concernentes à: autonomia e autodeterminação na produção de saúde; legitimação de suas formas de subjetivação e cuidado de si; especificidade da relação entre pares.
Diagnóstico dos processos de homologação e certificação de produtos de natureza cibernética: perspectivas para a construção de um sistema nacional
In: Revista producao online, Band 18, Heft 2, S. 424-453
ISSN: 1676-1901
O uso de computadores, tablets, smartphones, relógios inteligentes, smartmeters, sistemas GPS e assim por diante, traz um benefício comum a todos aqueles que acessam tais tecnologias, porém, ao mesmo tempo, tais sistemas têm uma influência fundamental no aspecto da privacidade do indivíduo. Desta forma, torna-se premente em nossa sociedade ter um sistema que permita homologar e certificar produtos de natureza cibernética. O presente artigo tem como objetivo retratar um diagnóstico dos processos de homologação e certificação de produtos de natureza cibernética que são usados por órgãos da administração central e pelas forças armadas, com vistas a desenvolver um Sistema Nacional de homologação e certificação desse tipo de produto. A fim de desenvolver o diagnóstico foram realizadas pesquisas documentais em órgãos responsáveis pela certificação de produtos tecnológicos e foram realizados estudos de caso em cinco organizações públicas e privadas. Os resultados desses estudos foram sistematizados para serem validados em grupo focal com especialistas. Demonstrou-se uma visão compartilhada pelas empresas e órgãos quanto ao aspecto da certificação de produtos, mas não houve um entendimento consensual sobre a homologação. Foram identificados ainda processos realizados por órgãos governamentais que fogem ao escopo tradicional da homologação de produtos na literatura científica.
Color, Race, and Genomic Ancestry in Brazil: Dialogues between Anthropology and Genetics
In: Current anthropology, Band 50, Heft 6, S. 787-819
ISSN: 1537-5382