APRESENTAÇÃO
In: (SYN)THESIS, Band 16, Heft 1
ISSN: 2358-4130
Apresenta o Dossiê Comida, Diferença e Desigualdade.
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In: (SYN)THESIS, Band 16, Heft 1
ISSN: 2358-4130
Apresenta o Dossiê Comida, Diferença e Desigualdade.
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 7, Heft 15, S. 19-40
ISSN: 2358-5587
Neste artigo, aprofundo os temas do religioso e do político, seguindo o percurso dos filhos de Maria até a assunção quilombola local, não como uma linearidade na qual Maria é o início e quilombo o final, mas como convergência das narrativas, nas quais as práticas políticas são somadas à fé em Maria, como na sindicalização, na filiação ao PT e na mais recente participação na movimentação negra nacional via encontros de comunidades quilombolas, missas inculturadas e Pastoral Afro da Igreja Católica. Ser quilombola é, neste caso, um percurso inacabado de uma constante criação política que soma cultura e raça ao modo local de lutar, no qual quilombo passa a ser uma re-existência negra.
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 3, Heft 6
ISSN: 2358-5587
Neste artigo discuto uma prática que vem assegurando a saúde das pessoas e das terras no Quilombo da Casca/RS desde "o tempo que a memória alcança", a benzedura. Com base nos dados do trabalho de campo que realizei nessa Comunidade descrevo histórias de benzedeiras que falam sobre diferentes tratamentos. O aprendizado da benzedura aparece como herança via parentesco aliada à vontade "individual" de aprender fórmulas e por em prática o dom. Entre as fórmulas e o dom há um continuum de possibilidades, improvisos, adivinhações que são acionadas na escolha do tratamento. Os "pacientes", por seu turno, combinam a benzedura com outras práticas terapêuticas de modo criativo na busca da cura. Com base nos dados etnográficos proponho que as noções de "itinerários terapêuticos" e de "intermedicalidade" sejam deixadas de lado, em prol da ideia da pura e simples busca da eficácia a partir de um "sistema" que captura, conecta e descarta "tratamentos", baseado na criatividade das benzedeiras, de um lado, e dos próprios "pacientes", de outro. Sem, entretanto, que "pacientes" e benzedeiras sejam pares opostos do "sistema". A natureza eminentemente etnográfica da comunicação visa descrever os acontecimentos em que diferentes "tratamentos", benzedeiras e "pacientes", continuum entre dom e fórmulas aprendidas, entram em agenciamento. Esses eventos singulares asseguram o enfraquecimento das possibilidades de sofrimento, resgatando potências de vida no que usualmente nominamos como curar.
In: (SYN)THESIS, Band 16, Heft 1
ISSN: 2358-4130
Com Covid-19, o tempo do alimento ficou em evidência diante do risco da perda de parte da produção das roças quilombolas do Vale do Ribeira com o cancelamento de projetos ligados ao PNAE. Nesse cenário, a renda de quilombolas e caiçaras se viu afetada, e ações criativas foram necessárias. Para isso, parceiros auxiliaram na criação de um "consórcio de doações" junto à cooperativa local (Cooperquivale), que, com o dinheiro arrecadado, pagou pelo alimento e seu transporte, destinado à periferia de São Paulo. O objetivo aqui é olhar para essa experiência de resistência e formação de alianças para o enfrentamento de dificuldades e fome em meio à crise pandêmica a partir da roça quilombola. A doação de alimentos da roça está para além de uma ação solidária, diz sobre conhecimentos ancestrais e segurança alimentar. Trata-se de uma estratégia que traz à tona temporalidades, memórias e afetos, e compõe mais um passo na manutenção da vida e na construção de possibilidades de futuros em comum.
In: (SYN)THESIS, Band 16, Heft 1
ISSN: 2358-4130
Entrevista com Maria Eunice Maciel UFRGS), concedida a Cauê Fraga Machado (UFRGS) e Ceres Gomes Víctora (UFRGS).
In: Aceno: revista de antropologia do Centro-Oeste, Band 8, Heft 17, S. 11-14
ISSN: 2358-5587
Este dossiê temático da ACENO tem como objeto as territorialidades e processos de identificação negras, quilombolas e indígenas. A proposta busca chamar a atenção para processos de identificação e territorialização que forneçam perspectivas adicionais às análises consolidadas que se dedicaram às tradições, à etnogênese e às situações de fronteiras étnicas, mais afeitos às mediações com o Estado-nação, que privilegiaram as relações políticas, agentes e agência da burocracia.
Um movimento renovado de coletivos indígenas, quilombolas e negros tem revisitado tais abordagens mediante a crítica sistemática aos padrões eurocentrados, brancos e coloniais que produziram a invisibilização sistemática do que esses movimentos consideram relevantes. Dentre essas, categorias como "retomada" e "resistência" – não apenas como reação mas como re-existência – territorial e existencial são fundamentais quando tomadas como conceitos que descrevem diferentes vínculos entre actantes dos mais diversos modos de existência.
A proposta privilegiará a publicação de etnografias e reflexões teóricas acerca desse novo cenário no qual entes produzem reflexões cosmopolíticas e modos de agir com (ou contra) o Estado-nação de modos antes insuspeitos. Espera-se que as contribuições contemplem a diversidade regional, étnico-racial e de gênero, bem como contribuições dos povos originários e povos e comunidades tradicionais.
Trata-se de consolidar olhares não pela via da memória ou da prova, mas pela cosmologia e relacionalidade estendida a todos existentes, recuperando algo dado como perdido ou inexistente. Pretende-se de sublinhar identificações e territorialidades que encontram novas maneiras de se expressar, retomando terras, práticas, contato com seres, objetos, linguagens sem que essas nunca tenham sido perdidas de fato.