This article examines the China-Philippines relations in the South China Sea (SCS) from 1997 to 2017. The premise is that the China's interaction with litigating neighbors in the SCS (such as Vietnam and the Philippines) is shaped by strategic, political-economic and symbolic relations analogous to the dynamics of the Imperial China with the nomadic peoples of Central Asia in the so-called "tributary game" (Zhou, 2011). The central hypothesis is that, just as the tributary game lasted for centuries in an asymmetric but relatively stable pattern, the same asymmetrical and stable pattern tends to prevail in the contemporary stage. In this scenario of a de facto Chinese control of many positions in the SCS and the expectation of economic gains by the Philippines, it is more likely that the tributary game shall move away from a conflictive stance and towards the conciliation-submission stance consolidated by the mutual learning process and by the inevitable economic and diplomatic gravitation of Asian countries around China. ; Este artigo examina as relações China-Filipinas no Mar do Sul da China (MSC) de 1997 a 2017.A premissa é que a interação da China com os vizinhos litigantes no MSC (como o Vietnã eas Filipinas) é moldada por relações estratégicas, político-econômicas simbólicas análogasà dinâmica da China Imperial com os povos nômades da Ásia Central no chamado "jogotributário" (ZHOU, 2011). A hipótese central é que, assim como o jogo tributário durou séculosem um padrão assimétrico, mas relativamente estável, o mesmo padrão assimétrico e estáveltende a prevalecer no estágio contemporâneo. Em um cenário de relações bilaterais comcontrole chinês de facto de muitas posições no MSC e de expectativa de ganhos econômicospelas Filipinas, é mais provável que o jogo tributário se afaste do polo conflituoso e seaproxime do polo de submissão-conciliação, consolidado pelo processo de aprendizagemmútua e pela inevitável gravitação econômica e diplomática dos países asiáticos em tornoda China.
Abstract This article proposes a theoretical framework for understanding Filipino president Rodrigo Duterte's celebrated 'pivot to China.' It begins by discussing the model of asymmetric relations as a suitable framework for understanding relations between highly unequal states, and the concept of dual structural asymmetry as a means of theorising the triangular relations among the Philippines, the USA and China since the end of the Cold War. Next, it presents various economic and political indicators of the shift in Filipino foreign policy under Duterte. It goes on to propose a theoretical model for identifying the linkages between elements of political economy and international security from the perspective of Brantly Womack's theory of asymmetry. Lastly, it presents three scenarios for resolving the territorial dispute in the South China Sea (SCS) between the Philippines and China: two with maximum gains for one country only, and a third with an acceptable result for both countries as a product of mutual concessions.
Abstract This article proposes a theoretical framework for understanding Filipino president Rodrigo Duterte's celebrated 'pivot to China.' It begins by discussing the model of asymmetric relations as a suitable framework for understanding relations between highly unequal states, and the concept of dual structural asymmetry as a means of theorising the triangular relations among the Philippines, the USA and China since the end of the Cold War. Next, it presents various economic and political indicators of the shift in Filipino foreign policy under Duterte. It goes on to propose a theoretical model for identifying the linkages between elements of political economy and international security from the perspective of Brantly Womack's theory of asymmetry. Lastly, it presents three scenarios for resolving the territorial dispute in the South China Sea (SCS) between the Philippines and China: two with maximum gains for one country only, and a third with an acceptable result for both countries as a product of mutual concessions.
Abstract This article proposes a theoretical framework for understanding Filipino president Rodrigo Duterte's celebrated 'pivot to China.' It begins by discussing the model of asymmetric relations as a suitable framework for understanding relations between highly unequal states, and the concept of dual structural asymmetry as a means of theorising the triangular relations among the Philippines, the USA and China since the end of the Cold War. Next, it presents various economic and political indicators of the shift in Filipino foreign policy under Duterte. It goes on to propose a theoretical model for identifying the linkages between elements of political economy and international security from the perspective of Brantly Womack's theory of asymmetry. Lastly, it presents three scenarios for resolving the territorial dispute in the South China Sea (SCS) between the Philippines and China: two with maximum gains for one country only, and a third with an acceptable result for both countries as a product of mutual concessions.
O presente artigo tem como objetivo analisar as variáveis condicionantes do surgimento da Aliança do Pacífico (AP), utilizando os conceitos de Bresser-Pereira (Nova Direita, Nova Esquerda e Velha Esquerda) de forma a interpretar os rumos dos projetos de integração na América Latina no pós Guerra Fria. Utiliza-se o método da análise comparada ao levantar dados sobre outros processos de integração regional e colocar a AP em perspectiva conjuntural. A hipótese principal reside no surgimento da AP como um processo de integração regional da América Latina que atrai países com uma série de características em comum, como a não adesão às iniciativas do Brasil (Mercosul) e da Venezuela (ALBA), governos com orientação política de direita e de tendência neoliberal, e que apresentam um histórico de proximidade econômica e/ou política com os Estados Unidos. Ao final do trabalho, concluiu-se que, dado o pouco tempo de vida da AP, qualquer previsão de sucesso ou fracasso é arriscada. No entanto, a partir da análise comparada e dos dados levantados, é possível confirmar a hipótese e aferir que a AP é um processo de integração regional que surge como uma alternativa às propostas do MERCOSUL e da ALBA.
O presente artigo busca analisar quais foram os graus de mudança percebidos na política externa da Arábia Saudita nas suas relações com China e Estados Unidos. Para a realização desta análise, utilizamos os conceitos cunhados por Charles Hermann (1990), que explicam as alterações em política externa de um país a partir de quatro graus de mudança e quatro fontes geradoras destas mudanças. Não obstante, a utilização de livros, artigos, notícias e documentos oficiais dos governos foram essenciais para o desenvolvimento deste trabalho. Assim, argumentamos que há um gradual deslocamento dos Estados Unidos para a China como parceiro prioritário do referido país a partir de 2010, tendência esta acelerada pelos choques externos, como a Primavera Árabe, a queda nos preços internacionais do petróleo e o afastamento dos Estados Unidos do Oriente Médio, e pela ascensão de Mohammed bin Salman ao poder executivo do Reino. Tal deslocamento está associado ao aumento na intensidade e à alteração dos meios pelos quais o país se relaciona com a China. Entretanto, reforçamos que esta tendência não significa um abandono, pela Arábia Saudita, de sua histórica relação com os Estados Unidos.Palavras-chave: Arábia Saudita; Política Externa; Hermann.ABSTRACTThe aim of this research is to analyze the levels of changes identified in Saudi Arabia's foreign policy in its relations with China and the United States. To carry out this analysis, we used the concepts formulated by Charles Hermann (1990) about levels and sources of change in a country's foreign policy. Nevertheless, the use of books, articles, news and official government documents were essential for the development of this article. Hence, we argue that there is a gradual shift from the United States to China as a priority partner of Saudi Arabia since 2010, a trend that has been accelerated by external shocks from the International System, such as the Arab Spring, the fall of the international oil prices and the United States withdraw from the Middle East politics and by the rise of Mohammed bin Salman to the executive power. Such a shift is associated with an increase in intensity and a change in the means by which the country relates to China. Notwithstanding, this trend does not mean that Saudi Arabia abandoned its historic relationship with the United States. Keywords: Saudi Arabia; Foreign Policy; Hermann. Recebido em: 28 abr. 2021 | Aceito em: 30 set. 2021.
A hipótese central deste artigo é que a China tem ampliado sua influência em países do sul global a partir de três vetores de projeção externa que, por sua vez, estão calcados em transformações domésticas que ganharam corpo a partir de meados dos anos 2000. Para verificar tal hipótese, toma-se como estudo de caso as relações bilaterais China-Camboja.O artigo está dividido nos seguintes tópicos, além desta introdução: i) um debate sobre as três grandes transformações domésticas na China desde meados dos anos 2000, com ênfase na mudança no regime de acumulação e no papel das empresas públicas e privadas; ii) a proposição de um modelo teórico para compreender como as forças envolvidas nessas transformações atuam de forma convergente para garantir seus interesses no plano internacional; e iii) um estudo de caso sobre as relações bilaterais China- Camboja, tendo como ênfase os projetos de infraestrutura portuária, aeroportuária e de zonas econômicas especiais.
O presente artigo tem como objetivo discutir o fenômeno do tráfico de mulheres da região de Kachin, no Mianmar, para a China, através da fronteira terrestre com a província chinesa de Yunnan. Para tanto, utiliza-se dos três níveis de análise explorados pelas teorias de migração: o macro/estrutural, o meso/de redes e sistemas, e o micro/individual. A hipótese central é que as variáveis macro e meso são mais determinantes para a ocorrência do processo em questão. Conclui-se que a existência de um padrão específico de emigrantes não se traduz na escolha racional de migração, haja vista a interferência de fatores macro e meso no fluxo de informações necessário para o cumprimento do processo.
O artigo tem como objetivo realizar uma análise quantitativa e qualitativa dos fluxos de investimento externo direto (IED) da China em países da América do Sul e do Sudeste (SE) Asiático. A hipótese do trabalho é que os fluxos de IED correspondem a uma lógica de Estado que não obedece, necessariamente, ao imperativo de lucros de curto prazo, uma vez que parte significativa do capital tem origem em fundos e empresas controlados por agentes do governo chinês, e as principais atividades de destino estão ligadas a setores tidos como estratégicos para desenvolvimento e segurança da China no longo prazo. O método da pesquisa está dividido em três partes: levantamento quantitativo dos valores e natureza (pública ou privada) dos fluxos de IED da China em países da AL e SE Asiático; exame quantitativo das principais atividades econômicas ligadas a esses IED's; e cruzamento de dados entre valores, natureza e atividade econômica para propor uma análise qualitativa da relevância dos referidos investimentos para a lógica de Estado da China. Por fim, busca-se refletir sobre as diferenças e semelhanças do perfil de investimento chinês na AL e no SE Asiático, de forma a contribuir para o debate acerca dos impactos da ascensão chinesa nos países em desenvolvimento.
O presente trabalho tem como objetivos: a) compreender o processo de ascensão do movimento neoconservador norte-americano e sua estratégia global de forma a compreender a Guerra do Iraque (2003-2011) a partir do contexto da Guerra ao Terror, protagonizada pela administração George W. Bush; e b) realizar um balanço do ônus da Guerra do Iraque para a economia dos Estados Unidos. Para tanto, o trabalho está dividido em três partes. A primeira debate a edificação do arquétipo do pensamento conservador na sociedade norte-americana. A segunda parte trata da Guerra do Iraque em si. A ascensão dos neoconservadores ao governo dos Estados Unidos e os atentados de 11/09 foram os eventos que significaram a possibilidade de colocar em prática o projeto de domínio do Oriente Médio e controle do petróleo no Golfo Pérsico, cumprindo vários objetivos necessários para a expansão do poder norte-americano. Entre esses objetivos encontram-se: a contenção da China e da Rússia no território asiático; o controle de recursos estratégicos como o petróleo; o posicionamento de bases militares em territórios chave; a intervenção em regimes contrários aos interesses norte-americano em todo o Oriente Médio; e o auxílio a aliados chave como Israel e Arábia Saudita no cenário geopolítico asiático. Por fim, faz-se um breve balanço das consequências do "atoleiro iraquiano" para a economia e sociedade dos EUA.
Abstract Abstract: The South China Sea (SCS) is one of the regions with the most dynamic and intense military activity in the world. This is largely due to commercial and political interests linked to the region, which is crucial for global maritime trade and rich in natural resources. China is the most interested party in the SCS, claiming 90% of its entire area, a portion referred to by Beijing as the "nine-dash line." The present article seeks to analyse both quantitatively and qualitatively the influence of China on the military spending of four Southeast (SE) Asian countries that are also interested in the SCS: Vietnam, Malaysia, the Philippines, and Indonesia. For quantitative analysis, we used the data for military expenditure, armaments acquisition, the frequency and type of incidents involving national navies and/or civilians. For qualitative analysis, we retrieved information from hemerographic sources and official documents from the United States, China, SE Asian countries, the United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS), and the World Bank (WB).
A hipótese central deste trabalho é que a subida da China nas cadeias globais de valor (CGV) do mundo do futebol é uma variável dependente (resultante) de duas variáveis independentes: i) ela segue as linhas gerais da inserção econômica internacional do país, que tem apresentado indicadores notáveis de agregação de valor e fortalecimento de marcas nacionais com forte dirigismo do governo; e ii) este processo faz parte de um projeto de Estado que visa utilizar do futebol como ferramenta de soft power no plano internacional. Após compreender a correlação entre esses processos, a parte final do artigo dedica-se a apontar os desafios e possibilidades para o desenvolvimento do futebol na China no longo prazo.
Abstract This study examines why 23 Muslim-majority countries supported China at the United Nations Human Rights Council (UN/HRC) in 2019, despite allegations of human rights abuses against the Uyghurs in Xinjiang. Using a fuzzy-set qualitative-comparative analysis (fsQCA), we compared the factors that led Muslim-majority and non-Muslim countries to support China. Our analysis found that Political Regime Affinity (PRA) was a necessary but not a sufficient condition for Muslim-majority countries to support China, while China's Foreign Aid (ODA) was a necessary but not sufficient condition for non-Muslim countries. These findings suggest that ideological factors, related to the autocratic political regime (PRA), played a significant role in Muslim-majority countries' decision to support China in the UN/HRC in 2019. However, it is important to note that other factors may have also been involved. These findings have important implications for understanding the complexities of international relations and the factors that shape states behaviour.