Etnografia visual do matrimonio Mixteco de Irineo e Rosalba, ocorrido em julho de 2012 na cidade de San Thomas Ocotpec, Oaxaca. O presente ensaio fotográfico procura apresentar os momentos principais daquele acontecimento.
O trabalho intelectual é fomentado por meio da escrita acadêmica, que é tanto permeada por questões subjetivas – distintas e singulares para cada indivíduo – quanto por questões socialmente compartilhadas – imaginários coletivos de significação e interpretações do campo acadêmico que a constrói. No atual contexto brasileiro, o aumento da cobrança por produtividade tem intensificado o status da escrita como moeda de troca e afetado a relação entre trabalho e emoções na produção intelectual. Em resposta a esse panorama social, algumas universidades têm buscado saídas para lidar com a problemática da produtividade acadêmica. Assim, este artigo busca compartilhar um estudo de caso feito na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que, em 2016, inaugurou o Centro de Assessoria de Publicação Acadêmica (CAPA), o primeiro writing center brasileiro. Por meio da observação participante como assessora de escrita acadêmica de diferentes estudantes de pós-graduação nesse centro e de respostas coletadas por meio de questionários aplicados nas assessorias, buscamos refletir sobre o controle das emoções na escrita acadêmica e seu impacto na relação do indivíduo com o trabalho intelectual. O embasamento teórico é apoiado nas intersecções entre a sociologia das emoções, do corpo e da arte, o que permite compreender como a regulação da escrita no meio acadêmico opera tanto no âmbito estético/gramatical quanto no controle da emotividade do indivíduo no texto, sedimentando e perpetuando as dicotomias corpo/mente, arte/ciência, emoção/razão, e influenciando, assim, as construções epistemológicas.