Suchergebnisse

Os processos de mudança social em comunidades quilombolas, podem ser estudados através da socioantropologia do desenvolvimento, tomada como uma perspectiva de análise para compreender o campo empírico e os efeitos sociais de programas de transformação social promovidos por instituições responsáveis pela implementação de políticas públicas às referidas comunidades. Esse trabalho procura descrever os efeitos das ações produzidas pela intervenção dessas políticas, através de uma etnografia em uma comunidade do sertão pernambucano reconhecida como quilombola. Conceitos da socioantropologia do desenvolvimento, em particular os de arena, conflito, norma e estratégia, auxiliaram na descrição da comunidade estudada, das interações, confrontos e colaborações entre as três famílias extensas envolvidas nos programas públicos de categorização étnica.

Sem resumo.

Sem resumo.

O caso dos programas de transferências de renda na África ilustra claramente várias contradições da ajuda ao desenvolvimento e da ajuda humanitária, na medida em que as normas definidas pelas entidades financiadoras e as ONGs para regular o acesso a essa "renda desenvolvimentista" [maná] não são de modo algum aprovadas pelas populações beneficiadas. Estas normas importadas são, no entanto, aceitas sem contestação explícita pelos vários atores envolvidos na cadeia de alocação dos recursos. Tal situação, todavia, legitima o uso de várias táticas para burlar as regras estabelecidas. A difusão de qualquer "bem público" pelos dispositivos de assistência dá origem a importantes lacunas na implementação, ainda mais porque as formas de intervenção e suas normas importadas não levam em conta as instituições locais, e são elaboradas de maneira padronizada pelas agências de desenvolvimento internacionais, em um contexto de pluralismo normativo exacerbado e repleto de incoerência.