Assessing European actorness in a New World ; ENP as a tool for the formation of the European empire
What is the nature of the EU's policies towards its eastern neighbours? Is it to create a 'ring of friends' or an imperial strategy? Ever since the establishment of the European project, this subject has been heavily debated. The EU might present similarities with an empire, through ever-changing borders, its multi-level governance system, its use of soft power instrument or that might present itself has characteristics of a hegemonic power. The 'conquest' through political and economic accommodation rather than military force or conflict. The Union is, thus, believed to be acquiring the characteristics of a predominant international actor: a common currency, a central governmental structure in Brussels, the reinforcement of external borders, and even an attempt at a European army. Enlargement has, over the years, become the most important tool in the 'imperial narrative'. The power variables that the enlargement process brings contribute to the byproduct that is the European integration process and the creation of a cultural, political and economic institutional diversity. Empires have also been characterized by a dichotomy, at a centre-periphery level through the disparities at an economic and political level. Meaning that they are, at times, accused in the international system, of unequal distributions of power or the attempt of trying to shape the international system according to its own personal preferences, but so do most hegemonic powers. The territorial fluctuations that the Union is constantly a part of due to its enlargement policy and due to the lack of an extensive array of military capabilities, since its military instruments mostly perform peacekeeping operations abroad, not a defence strategy. The civilian and normative power are preferred over the use of military instruments, maintaining the benign 'repertoire' of the union in the global stage. It is implicit, that the CFSP is not about deterring aggressors, but to understand and identify common problems that can lead to common denominators solutions. This does not mean that the EU does not hold a powerful representation amongst international actors, its 'soft power' instruments have many times worked in an assertive manner, the best example being the former eastern soviet republics to where the EU, instead of implementing a direct rule exported values and norms. There are no fixed borders in the EU, however, it is hard to imagine the staterelations to go back to what they were during the soviet regimes since the governance infrastructures have suffered tremendous changes. ; Qual é a natureza das políticas da UE perante os seus vizinhos orientais? É criar um "anel de amigos" ou uma estratégia imperial? Desde o estabelecimento do projeto europeu, esse assunto tem sido fortemente debatido. A UE pode apresentar semelhanças com um império através das constantes, e visíveis, mudanças perante as suas fronteiras, perante o seu sistema de governança multinível, o seu uso de instrumentos de soft power, ou apenas demonstrar as características de um poder hegemónico. Uma "conquista" por 'acomodação' política e económica, e não por conflito militar. Acredita-se que a União Europeia tem vindo, ao longo dos anos, a adquirir as características de um ator internacional predominante: uma moeda comum, uma estrutura governamental que apresenta o seu core em Bruxelas, o reforço das fronteiras externas e até uma tentativa de criação de um exército europeu. Ao longo dos anos, a sua política de alargamento tornouse a ferramenta mais importante na construção imperial. As variáveis de poder que traz consigo nesse mesmo processo, contribuem para o subproduto que é o processo de integração europeia e a criação de uma diversidade institucional cultural, política e económica. Os impérios são muitas vezes caracterizados por uma dicotomia, centro-periferia, onde existem claras disparidades a nível económico e político, o mesmo tem acontecido com os países centrais e periféricos da União. Sendo muitas vezes a acusados no sistema internacional, de desiguais distribuições de poder ou de tentativa de forma a tentar moldar o sistema internacional de acordo com suas próprias preferências pessoais. As 'flutuações' territoriais das quais a EU é constantemente alvo devido à sua política de alargamento e à falta de uma ampla gama de capacidades militares, uma vez que os seus instrumentos militares executam principalmente operações de manutenção da paz no exterior. O poder 'civil' e 'normativo' são instrumentos preferenciais sobre qualquer instrumento de carácter militar estando de acordo com aquilo que é a imagem de actor benigno num cenário global. Assim sendo, a PESC não se destina a dissuadir possíveis agressores, mas a compreender e identificar problemáticas comuns dos respetivos estados-membros, que podem levar a soluções de denominadores comuns. Isso não significa que a UE não possui uma representação internacionais enquanto actor global, com um determinado poderio; demonstrando que os instrumentos de soft power podem funcionar de forma assertiva, sendo o melhor exemplo disso, as antigas repúblicas soviéticas de Leste para onde a UE com os seus instrumentos exportou, com mérito, os seus valores e normas. Não há fronteiras fixas na UE, no entanto, torna-se difícil imaginar as relações estatais a retroceder ao que eram durante o regime soviético, uma vez que as infraestruturas de governança sofreram alterações tremendas.