Os desastres no Rio de Janeiro: conceitos e dados
In: Cadernos do Desenvolvimento Fluminense, Band 0, Heft 8
ISSN: 2317-6539
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In: Cadernos do Desenvolvimento Fluminense, Band 0, Heft 8
ISSN: 2317-6539
In: Revista brasileira de estudos de população, Band 36, S. 1-31
ISSN: 1980-5519
A transição demográfica traz consigo inúmeras transformações na estrutura etária, sendo uma delas o envelhecimento populacional. No Brasil, estima-se que 22,6% da população terá 65 anos ou mais em 2050, cenário semelhante ao vivido atualmente pelos países desenvolvidos. Diante dessas mudanças, debatem-se os limites e potencialidades da migração como uma possível forma de amenização dessa situação. De um lado, os imigrantes podem integrar a população em idade ativa, constituindo uma parcela importante da mão-de-obra brasileira futura. Por outro lado, emerge a preocupação que o país seja capaz de absorver esses estrangeiros e que, mais tarde, esses também envelhecerão, aumentando o peso das idades mais envelhecidas. Nesse contexto, surge o termo "migração de reposição" que se refere ao processo migratório com intuito demográfico relativo à estrutura etária ou tamanho populacional. Dessa forma, para analisar o possível impacto da componente migratória sobre a estrutura etária brasileira até o ano de 2050, elaborou-se projeções demográficas a partir de distintos cenários com base no Método das Componentes Demográficas. Os cenários que objetivaram a atenuação da razão de dependência ou basearam-se em taxas líquidas de migração de países receptores de migrantes, como a Alemanha, foram os que resultaram em saldos migratórios mais razoáveis.