Agenciamento do mundo pelos Kumuã Ye'pamahsã: o conjunto dos bahsese na organização do espaço Di'ta Nuhku
In: Coleção reflexividades indígenas
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In: Coleção reflexividades indígenas
In: Mundo amazónico: revista anual, Band 12, Heft 2, S. 153-164
ISSN: 2145-5082
Wereneôro
A'ti pũripᵾre masiose nií pátu kase kumûa Ye'pamasa naâ tᵾoñase, masise, iñase. Pátu kase ukũ, masiõ weseti wesĩrikare wiôse tᵾoñama buera pekasa tohowero yoaka te bahutiro weroho nisiti. Tohonika basa wi'íseri ᵾhᵾâ wetiâra ñase nií nise tutuâ yᵾrᵾka te kasere bue, masiô wero ᵾ'asa nitise noho nikapa. Te pátu na Ye'pamasa mâ Ʉmᵾkoho Ñekᵾ pᵾ kᵾoseti nᵾkapi. A'ti ᵾ'mᵾkoho, a'tipati, masa tohonika a'ti di'tapᵾ de'ro nise da're bahureôti kᵾopi. Tere buâ ba'â tᵾoña duhî wegᵾ. Kᵾ toho weke niyuro a'to kateropᵾre te kumûare basese, kihti ukũse, basase tᵾoña wakũnᵾrᵾ wese nií. A'tiro nipa, a'tiro nisa, a'tiro nirô toho wasa nisê waka wetamose kumûre na tᵾoke merâ.
Resumo
Este artigo intitulado Pátu: o "pó da memória" dos conhecedores ye'pamasa (Tukano) abarca um conjunto amplo e complexo de ideias, concepções e perspectivas a respeito do pátu dos Ye'pamasa, tal como fazem e pensam os kumûa ye'pamasa. Talvez por ser uma temática complexa e que foi silenciada há muito tempo através da destruição das basaka wi'íseri (malocas) pelos não-indígenas, têm-se pouco investimentos de pesquisa e estudo sobre ela no alto Rio Negro. Para os Ye'pamasa, o pátu foi usado pelo Ʉmᵾkoho Ñekᵾ para intuir e pensar a construção do a'tipati (mundo) e a criação dos primeiros seres humanos. Esse produto, ao ser consumido, ativa os conhecimentos tradicionais, baseados no kiti ukũse (narrativas míticas), basese ("benzimentos") e basase (cerimônias de rituais de cantos/danças) que se ouve e escuta dos especialistas ye'pamasᵾ (tukano). Assim, o pátu é entendido como tᵾoñakawese, o pó da memória dos Ye'pamasa, um elemento de uso dos especialistas para a produção, reprodução e construção de conhecimentos tradicionais.
In: Mundo amazónico: revista anual, Band 12, Heft 2, S. 136-152
ISSN: 2145-5082
Este artigo intitulado Pátu: o "pó da memória" dos conhecedores ye'pamasa (Tukano), ele abarca um conjunto amplo e complexo de ideias, concepções e perspectivas a respeito do pátu dos Ye'pamasa, tal como fazem e pensam os kumûa ye'pamasa. Talvez por ser uma temática complexa e que foi silenciada há muito tempo através pela destruição das basaka wi'íseri (malocas) pelos não-indígenas, têm-se pouco investimentos de pesquisa e estudo sobre ela no alto Rio Negro. Para os Ye'pamasa, o pátu foi usado pelo Ʉmᵾkoho Ñekᵾ para intuir e pensar a construção do a'tipati (mundo) e a criação dos primeiros seres humanos. Esse produto, ao ser consumido, ativa os conhecimentos tradicionais, baseados no kiti ukũse (narrativas míticas), basese ("benzimentos") e basase (cerimônias de rituais de cantos/danças) que se ouve e escuta dos especialistas ye'pamasᵾ (tukano). Assim, o pátu é entendido como tᵾoñakawese, o pó da memória dos Ye'pamasa, um elemento de uso dos especialistas para a produção, reprodução e construção dos conhecimentos tradicionais.
In: Mundo amazónico: revista anual, Band 12, Heft 1, S. 201-215
ISSN: 2145-5082
O artigo apresenta as narrativas de indígenas antropólogos sobre como eles realizaram seus tratamentos quando foram infectados por coronavírus em Manaus e realizam as leituras sobre o Covid-19 a partir da perspectiva antropológica. Os diversos tratamentos da Covid-19 começam pelo uso dos basese ("benzimentos") próprios de seus avós, passam pelo aproveitamento das cascas de árvores para prepararem os chás e na utilização dos medicamentos fornecidos pelos profissionais de saúde. O leitor conhecerá essas práticas que levaram a vencer a Covid-19.