Resumo Este artigo destaca a emergência de uma sociologia geral na América Latina, organizada a partir de três diferentes perspectivas sociológicas: aquela "sobre" a América Latina, aquela "da" América Latina e aquela "na" América Latina. Estes diversos campos de sentidos foram organizados a partir das leituras intelectuais sobre as brechas surgidas entre a colonização capitalista na região e as reações anticoloniais, desde o século XIX até o presente. Uma grande novidade neste debate é compreender que a emergência de uma sociologia geral marcando os traços de uma sociologia regional transnacional constitui um fato inédito, quando se observa que as tendências dominantes no século XX foram entre a defesa de uma sociologia universalista de base eurocêntrica, por um lado, e de uma sociologia nativista ou nacional, por outro. Os rumos da sociologia geral da América Latina, hoje, são centrais para se pensar os avanços de uma teoria crítica da colonialidade que contribua para desconstruir a nova colonialidade que vem sendo difundida pelo neoliberalismo.
Se aborda el desarrollo de la sociología de las emociones en América Latina entre 2000 y 2019, como un campo de conocimiento reciente en proceso de institucionalización. Seis áreas temáticas—diversas y heterogéneas—nuclean la investigación durante el período: ( a) cambio social, sociabilidad y emociones; ( b) movimientos sociales y sentimientos; ( c) género, genera-ciones, afectividad, cuidado; ( d) migración y emociones; ( e) trabajo, afectividad y emociones; ( f) reflexiones teóricas y propuestas analíticas. La valoración crítica del campo arroja tres tensiones analíticas que dificultan su consolidación: en el recorte disciplinario (sociología; sociología y antropología de las emociones; filosofía y sociología); en las perspectivas de análisis (sociológicas; socioculturales; filosóficas); en el objeto de investigación (emociones; emociones y cuerpo; cuerpo y emociones), con implicaciones para la investigación social.
RESUMO As aproximações entre os pressupostos epistemológicos e ontológicos da teoria social de Niklas Luhmann e das abordagens pós-coloniais têm sido ressaltadas e desenvolvidas na última década. No entanto, levantam-se sérias dúvidas sobre a possibilidade da teoria da sociedade de Luhmann se desvencilhar de seu ponto de vista eurocêntrico. Neste artigo propomos, em linhas gerais, como se poderia superar esse impasse na teoria sistêmica. Tomamos o caso da América Latina para exemplificar, em um esforço inicial, o distanciamento da teoria de Luhmann de sua perspectiva eurocêntrica em relação à sociedade mundial, propondo corrigir sua narrativa da diferenciação funcional como fenômeno resultante de processos de transformação e evolução social internos à Europa. A correção consiste em considerar as estruturas hierárquicas supranacionais do colonialismo como parte constitutiva do processo de formação da sociedade mundial funcionalmente diferenciada.