A última reforma política na Argentina em 2009: abordando as explicações além da lei formal
In: Conexão política: revista do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPI, Band 1, Heft 1, S. 79
ISSN: 2317-3254
Em 2009, o Congresso Argentino aprovou a Lei 26.571 sobre a "Democratização da Representação, Transparência e Equidade Eleitoral Política". Considerando a importância desse tipo de reforma para o sistema político, esse artigo busca descrever e analisar essa reforma política por uma nova abordagem no estudo das mudanças institucionais: uma two-level theory. Levando em consideração os princípios de eficiência e distribuição, assim como precedentes históricos, um modelo mais abrangente é proposto. Ele nos permite refletir sobre os diversos elementos da nova legislação, seus objetivos e efeitos pretendidos, alguns dos quais não poderiam, ou com dificuldade, ser atingidos. Além disso, é argumentado que essa última reforma política no país é parte de uma tendência das democracias latino-americanas. Seu design e propósitos revelam que essa correção institucional é mais que apenas isso. Nesse caso, porque, em "democracias consolidadas", mudanças não mais são radicais, ao contrário, ajustes incrementais à legislação ordinária estão se tornando a regra. Para concluir, algumas reflexões sobre os efeitos da reforma política na democracia argentina e instituições políticas são propostas. Uma pesquisa comparativa dos últimos ajustes eleitorais em outros países do subcontinente é sugerida.