La Fièvre des Pixels ; A Febre do Pixel ; La Fiebre del Pixel ; The Pixel Fever
In the cinematographic industry, the standard media formats changed from film to digital formats, but these changes are not located only in art territories. Nowadays, digitalization processes are increasingly part of our daily practices. We constantly need to deal with a large range of commonplace situations that demands us to be connected with softwares applications, implying that we produce and share a considerable amount of sounds and images. For some of us, especially the younger ones, born in the 2000s, used to dealing with gadgets since the early age, mechanical and analog processes may seem to be part of a very different world. The purpose of this essay is to discuss what we are calling "the pixel fever", this contemporary movement of our lives that merges our organic life with our digital trajectories, considering that to produce and discard digital data is already part of the routine of many of us. This essay is divided into three parts. Firstly, we aim to highlight some aspects of this entrance of digital gadgets in our lives. To do this, we start talking about the digitalization processes in the film industry focusing on the Brazilian public policy Cinema Near You, that supported this transition in movie theaters. Secondly, we move on to highlight some broader problems of this "pixel fever": the aesthetical risk, the digitalization of jobs, and the energy consumption derived from the handling of digital materials. Finally, we conclude thinking about some parallels between these problems emphasized and our contemporary lives. With these interdisciplinary ponderations, starting by some examples from audiovisual practices, we aim to contribute to the discussions about the contemporary social changes related to digitalization processes spread in several research areas. ; Le support standard utilisé par l'industrie cinématographique a été modifié du format film au format numérique, mais ces changements ne se situent pas seulement dans les territoires artistiques. De nos jours, les processus de digitalisation intègrent de plus en plus nos pratiques quotidiennes face à d'innombrables situations nécessitant l'utilisation d'applis. Ainsi, nous produisons et partageons à tout moment des quantités considérables de sons et d'images. Pour certains d'entre nous, en particulier les plus jeunes, nés dans les années 2000 et habitués aux gadgets depuis l'enfance, les processus mécaniques et analogiques constituent probablement un médium très différent. L'objectif de cet essai est donc de pondérer ce que nous appelons «la fièvre des pixels», un mouvement contemporain dans lequel la vie organique et les trajectoires numériques sont fusionnées, en considérant que la production et l'élimination des données numériques font déjà partie des routines de beaucoup d'entre nous. Nous avons divisé cet essai en trois parties. Dans la première, nous avons abordé certains aspects de l'entrée des gadgets numériques dans nos vies, traitant des processus de numérisation dans l'industrie cinématographique, en particulier la politique publique brésilienne Cinema Perto de Você, qui a contribué au processus de transition de l'analogique au numérique dans les salles de cinéma au Brésil. À la deuxième partie, nous mettons en évidence les problèmes plus larges de la fièvre des pixels, à savoir les risques esthétiques, la numérisation des emplois et la consommation d'énergie dérivée de la manipulation de matériels numériques. Enfin, dans la troisième partie, nous établissons des parallèles entre les problèmes posés par la fièvre des pixels et la vie actuelle. Nous visons avec ces considérations interdisciplinaires, construites à partir des pratiques audiovisuelles, à contribuer aux discussions sur les changements sociaux contemporains liés aux processus de numérisation propagés dans différents domaines de recherche. ; O suporte padrão utilizado pela indústria cinematográfica foi alterado da película para os formatos digitais, mas essas mudanças não estão localizadas apenas em territórios artísticos. Nos dias atuais, os processos de digitalização integram, cada vez mais, nossas práticas cotidianas ao lidarmos com inúmeras situações que demandam a utilização de aplicativos. Assim, produzimos e compartilhamos a todo instante quantidades consideráveis de sons e imagens. Para alguns de nós, especialmente os mais jovens, nascidos a partir dos anos 2000 e acostumados a lidar com gadgets desde a infância, os processos mecânicos e analógicos constituem, provavelmente, um meio bem diferente. O objetivo desse ensaio é, portanto, ponderar acerca do que estamos chamando de "a febre do pixel", movimento contemporâneo no qual amalgama-se vida orgânica e trajetórias digitais, considerando que produzir e descartar dados digitais já faz parte das rotinas de muitos de nós. Dividimos esse ensaio em três partes. Na primeira abordamos alguns aspectos da entrada dos gadgets digitais em nossas vidas, tratando dos processos de digitalização na indústria cinematográfica, especialmente a política pública brasileira Cinema Perto de Você, que auxiliou no processo de transição do analógico para o digital nas salas de cinema do Brasil. Na segunda parte, ressaltamos problemas mais amplos da febre do pixel, quais sejam, riscos estéticos, a digitalização dos empregos e o consumo de energia derivado do manuseio de materiais digitais. Finalmente, na terceira parte, traçamos paralelos entre os problemas decorrentes da febre do pixel e a vida na atualidade. Objetivamos com essas ponderações interdisciplinares, construídas a partir de práticas audiovisuais, contribuir com as discussões sobre as mudanças sociais contemporâneas relacionadas aos processos de digitalização propagados em diferentes áreas de pesquisa. ; El soporte estándar utilizado por la industria cinematográfica se ha cambiado del formato cinematográfico a formato digital, pero estos cambios no se localizan solamente en territorios artísticos. Hoy en día, los procesos de digitalización integran cada vez más nuestras prácticas diarias ante numerosas situaciones que requieren el uso de aplicativos. Por lo tanto, producimos y compartimos cantidades considerables de sonidos y imágenes a todo instante. Para algunos de nosotros, especialmente los más jóvenes, nacidos en la década de 2000 y acostumbrados a tratar con dispositivos desde la infancia, los procesos mecánicos y analógicos constituem probablemente un medio muy diferente. El propósito de este ensayo es, por lo tanto, pensar sobre lo que llamamos "la fiebre del pixel", movimiento contemporáneo en el que la vida orgánica y las trayectorias digitales se amalgaman, considerando que producir y descartar datos digitales ya forma parte de las rutinas de muchos de nosotros. Dividimos este ensayo en tres partes. En el primera nos acercamos de algunos aspectos de la entrada de los gadgets digitales en nuestras vidas, abordando los procesos de digitalización en la industria cinematográfica, especialmente la política pública brasileña Cinema Perto de Você, que ayudó a la transición de lo analógico a lo digital en cines de todo el país. En la segunda parte, destacamos problemas más amplios de la fiebre del pixel, a saber, los riesgos estéticos, la digitalización de puestos de trabajo y el consumo energético derivado del manejo de materiales digitales. Finalmente, en la tercera parte, trazamos paralelismos entre los problemas derivados de la fiebre del pixel y la vida actual. Apuntamos con estas consideraciones interdisciplinares, construidas a partir de prácticas audiovisuales, contribuir a las discusiones sobre los cambios sociales contemporáneos relacionados con los procesos de digitalización propagados en diferentes áreas de investigación.