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O artigo tem como foco traçar apontamentos sobre a constituição de temporalidades próprias das novas mídias, construtos midiáticos de tempo que alimentam e movimentam o funcionamento de espaços imagéticos específicos, que têm protagonizado novas tendências comunicacionais. Trazemos para o centro do debate o conceito de efemeridade vendo-o enquanto qualidade presente nas narrativas contemporâneas sobre o cotidiano, acompanhado de materiais empíricos nos quais o devir se faz presente de forma material, através de elementos na interface e na superfície da imagem, que é essencialmente efêmera. Criando imagens com marcas temporais tão fortes, como uma vida útil de 24 horas, uma duração limitada de captação e exibição, entre outras, estas iniciativas colocam-se numa linha de frente de serviços que se pautam cada vez mais na experiência imagética única, do que relações de permanência e de eterno retorno ao arquivo.

Este texto tem como objetivo buscar, nas obras de Camus, uma crítica à experiência contemporânea do tempo: primeiro, retratar e analisar a temporalidade cotidiana que se faz presente em seus textos; em seguida, vislumbrar, nos ensaios e na literatura do autor, possíveis alternativas à rigidez do tempo cotidiano — aquilo que, para os fins do texto, denominaremos suspensão do tempo —; por fim, elaborar uma apreciação das hipóteses camusianas, discutindo seus valores, bem como seus limites. Nesta última parte, em especial, serão utilizados textos de outros autores — no intuito de atualizar e acrescentar novos elementos à problemática camusiana. Entre os autores estão: Debord (pseudonecessidade); Baudrillard (consumo); Woodcock (relógio); Campagna (trabalho e aventura). Tudo isso será feito brevemente, indicando horizontes possíveis — de crítica, mas também de refúgio.

El presente escrito tiene por finalidad repensar las posibilidades del arte político contemporáneo. Para ello tomamos como punto de partida los aspectos dilemáticos explicitados por Jaques Rancière en su libro El espectador emancipado. Esto es, la caducidad de los esquemas de acción propuestos por el arte político. Sin embargo, tomamos distancia del trabajo genealógico por el cual asume que es la persistencia de determinada concepción teológica del tiempo, presente tanto en la modernidad como en la vanguardia, aquel aspecto sintomático que repite el arte contemporáneo. Nuestra estrategia consistirá en señalar que es posible elaborar un relato sobre las vanguardias que asuma otra concepción de la temporalidad. Si esto es así, el concepto de vanguardia se acercaría a la idea de régimen estético propuesto por Ranciére y tendría total vigencia para pensar los dilemas del arte político contemporáneo. ; This text is aimed to rethink the possibilities of contemporary political art. Consequently, we will use the dilemmatic aspects proposed by Jacques Rancière in his book The Emancipated Spectator, that is, the outdated frameworks developed by political art. Nevertheless, we will also take distance from Ranciere's genealogical work through which he assumes that the persistence of a certain theological conception of time −one that can be observed both in modernity and avant-garde− is a symptomatic aspect that contemporary art would later repeat. Our strategy consists of pointing out that is possible to create a narrative of avant-garde that assumes a different conception of temporality. If so, the concept of avant-garde would come closer to the notion of aesthetic regime proposed by Rancière, and it could also be still relevant to conceive the dilemmas of contemporary political art.

Resumo: Este artigo se propõe a analisar a experiência da temporalidade nos dias atuais, a partir do impacto da urgência contemporânea que ocorre, principalmente, por meio dos imperativos de desempenho. Com isso, busca- se pontuar a maneira pela qual tal problemática reverbera no sujeito, hoje, e explora-se a importância de não atrelar o tempo do sujeito ao sistema de produção vigente. Inicialmente, serão discutidos os imperativos de produtividade e o consumismo para, assim, elaborar a concepção do tempo para a psicanálise, desenvolvendo o modo pelo qual ela concebe a temporalidade em seus diferentes aspectos, tais como a atemporalidade do inconsciente, o tempo próprio da pulsão e o tempo lógico. Com esse percurso, a relevância da experiência analítica hoje será investigada; questiona-se a possibilidade de adoecimento do sujeito diante desse tempo experienciado como pura pressa. Palavras-chave: Psicanálise. Temporalidade. Urgência.Abstract : This article proposes to analyze the experience of temporality nowadays from the impact of contemporary urgency, which occurs, mainly, from the imperatives of performance. With this, it seeks to point out the way in which this problem reverberates in the subject today, and explores the importance of not linking the subject's time to the current production system. Initially, the imperatives of productivity and consumerism will be discussed in order to elaborate the conception of time for psychoanalysis, developing the way in which it conceives temporality in its different aspects, such as the timelessness of the unconscious, the proper time of the drive and the logical time. With this path, the relevance of analytical experience today will be investigated, and the possibility of illness of the subject in the face of this time experienced as a pure haste is questioned. Keywords: Psychoanalysis. Temporality. Urgency.

El trabajo se focaliza en la operatividad de algunos conceptos derivados del pensamiento de Walter Benjamin, reconfigurados a modo de cita con el actual contexto socio-histórico y político. Su procedimiento del montaje constituye un principio de interrupción, que evita que los hechos narrados sean valorados como herencia. Los fragmentos y ruinas de una sucesión histórica (y/o biográfica/autobiográfica), se caracterizan por su discontinuidad. Pero al darles a estos harapos un nuevo uso, surge la tendencia constructiva del montaje. La recuperación de la democracia en la Argentina a partir de 1983 implicó un principio de interrupción histórica, a partir de la cual fueron emergiendo en forma de montaje las identidades recuperadas de los Nietos, las que ya no responden únicamente a las narrativas impuestas por los apropiadores, sino que, al ser éstas desmontadas -mediante el Archivo Biográfico Familiar de las Abuelas de Plaza de Mayo- permitieron la emergencia de sus historias originarias, ilegítimamente ocultadas. La noción de imagen dialéctica también intenta romper con la idea de una temporalidad continua, propia de las narrativas de los vencedores. Concebir la historia y la narración en términos de imágenes conlleva un potencial emancipatorio tendiente a resignificar -por ejemplo- cuerpos ausentes, que remitirían a subjetividades y relatos por recuperar. ; http://conti.derhuman.jus.gov.ar/areas/b/biblioteca.shtml ; Fil: Anderlini, Silvia. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Escuela de Letras; Argentina. ; Fil: Anderlini, Silvia. Universidad Nacional de Córdoba. Facultad de Filosofía y Humanidades. Centro de Investigaciones María Saleme de Burnichon (CIFFyH); Argentina. ; Fil: Anderlini, Silvia. Universidad Católica de Córdoba; Argentina. ; Estudios Generales de Literatura

Podemos compreender a escrita da história como esforço criativo de configuração de imagens para representar o movimento do tempo, observando a mudança das coisas e a passagem deste tempo. Por meio de narrativas que entrelaçam acontecimentos e tramam enredos historiográficos, a história torna o tempo inteligível, acessível e compreensível quando transformado em temporalidade. O objetivo do presente artigo é buscar conceitos capazes de iluminar esse processo de temporalização do tempo na contemporaneidade, marcado pela ação dos sujeitos no espaço digital, pela presença de tecnologias que aumentam significativamente a velocidade da produção e troca de informação e ampliam as formas de comunicação. Para isso, pretendemos tensionar o conceito de "Atualismo" (ARAÚJO; PEREIRA, 2018), relacionando-o com a estrutura do espaço digital. Acreditamos que tal noção tem o potencial de provocar questionamentos capazes de impactar diretamente o fazer historiográfico no século XXI, tendo em vista a forma como o tempo é percebido e temporalizado. Vislumbramos, nesse cenário, que os desafios que o atualismo propõe aos historiadores giram em torno de dois aspectos: o domínio do espaço digital e a reflexão acerca da possibilidade de estarmos diante da percepção de tempo fragmentado e da configuração de uma consciência histórica cada dia mais distópica.

Usinas nucleares, com sua promessa de energia a baixo custo e sem limites, são arquetípicas do progresso da modernidade. Ao reconhecermos os limites do progresso industrial e do capital baseado no crescimento, lugares onde o sonho acabou, cujos habitantes estão encontrando modos de vida em meio à transição oferecerem ontologias práticas emergentes baseadas em manutenção, bricolagem e necessidade. Através de um estudo de caso da cidade atômica de Visaginas, na Lituânia, este artigo aborda a questão sobre como dar conta das formas de vida que surgem em um contexto de esgotamento da alta modernidade. Aqui, infraestruturas operam como recursos culturais e materiais residuais para ontologias práticas e para a construção do mundo pós-progresso. Com base em uma discussão sobre a estética política da infraestrutura, sugiro que sua transição ontológica envolve o que Mark Fisher descreve como a "memória de futuros perdidos", um futuro anterior que, através dos restos de conexões materiais, de tecnoculturas ede memória cultural fornece limites e condições para formas de vida emergentes "pós-progresso".

Este estudo é parte de uma dissertação de mestrado (2011) que abordou aspectos referentes ao risco de trabalho no setor elétrico. Neste artigo, dá-se ênfase a uma análise sobre as noções de tempo ao trabalho dos eletricitários, que é perpassado pelo elevado risco de acidentes. Para além do risco de acidentes físicos, compreende-se que os riscos se constituem na esfera do invisível (fatores sócio-psicológicos). Destacam-se elementos de ordem subjetiva que constituem a relação dos trabalhadores com as noções de tempo, para ser possível abordar a concepção do risco. As falas dos trabalhadores são postas em diálogo com autores como Harvey, Elias e Sennett. O texto traz elementos descritivos que possibilitam justificar o porquê de o tempo, no setor elétrico, ser um inimigo indissociável do risco.

This article considers ethnographic field research in order to analyze the violence and exploitation inherent to our transnational agro-food system and the ways in which temporality and statistics may aid in making visible and invisible certain experiences of migrant farmworker injury as well as individual and collective actions for wellbeing. Based in long-term, in-depth ethnographic research, this article utilizes theories of temporality and events in order to highlight social and health inequalities in agricultural labor and encourage agricultural, food and health scholars to consider critically the effects of our methods. Juxtaposing the injury and health care experiences of one Mexican migrant farmworker with statistics on the health and health care of migrant and seasonal farmworkers more generally, the article confronts both the normalization of migrant farmworker injury and the taken-for-granted helpfulness of quantitative and qualitative research alike. In addition, the argument acknowledges the everyday, individual practices and collective actions migrant farmworkers engage into demand and build wellbeing for themselves, their families and beyond.

This article synthesizes the main findings about a research on gender & free time. The exploratory nature of this study, moving on a qualitative perspective, shows uses & perception of Mexican women about this temporality. Adapted from the source document.

[ES] El mercado de trabajo es uno de los mercados más importantes por su carácter plurifuncional y multivariable. Comprender la dinámica interna de un mercado laboral como el español requiere, al menos, un breve repaso y análisis no sólo de conceptos, indicadores e índices estadísticos, sino también de los antecedentes sociodemográficos, transformaciones políticas y coyunturas económicas que interactúan en todos los procesos de regulación de las relaciones laborales. En el contexto social actual, la flexibilización de los mercados se impone sobre la regulación, como consecuencia, la desregulación y la precariedad laboral reducen las oportunidades y la autonomía de los trabajadores, en especial la de los colectivos más desprotegidos y desfavorecidos. Jóvenes e inmigrantes son los más perjudicados por la crisis y hacia los que se dirigen importantes políticas activas de empleo. ; [EN] The labour market is one of the most important because of its multivariable and plurifunctional nature. In order to understand the interna! dynamics of the spanish job market, it is required , at least, a brief review and analysis not only of concepts, indications and statistical indexes, but also of the sociodemographical premises, political transformations and economical conjunctions, which interact in all the processes of regulation of the labour relations. In the current social context, the market relaxation prevails over the regulation, as a result, the deregulation and job insecurity cut down the chances and the autonomy of the workers, overall the autonomy of the most defenceless and disadvantaged collectives In this respect, young and foreigners are the most injured by the grave recession. lmportant active employment policies set towards these collectives.

La masculinidad trans de Amelio Robles en sus documentos de archivo / Gabriela Cano -- Del cuerpo al género : lectura etnográfica del caso de un hombre homosexual en un pueblo de Michoacán / Karine Tinat -- Entre el habitus y la agencia / Cristina Herrera y Carolina Agoff -- Género, consumo masculino de alcohol y violencia conyugal / Soledad González Montes y Mariana Mojarro -- Violencia juvenil y de género entre las juventudes urbanas de América Latina / Arturo Alvarado -- Diferencias en la interrupción escolar de hombre y mujeres jóvenes de la Ciudad de México / Emilio Blanco -- Uso del tiempo entre los niños y las niñas de México / María Jesús Pérez García