Assessing Energy Poverty in Portugal: A new methodology approach ; Avaliar a Pobreza Energética em Portugal: Uma nova abordagem metodológica
Abstract
Dissertação de Mestrado em Energia para a Sustentabilidade apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia ; In the "Third Pan-European Report on Energy Poverty of the EU Energy Poverty Observatory" Bouzarovski et al. (2020) recognize that "energy poverty in Portugal is a largely neglected phenomenon", reinforcing the reduce work done by the country on the subject. In 2013, EU-SILC indicated that Portugal had between 20% and 29% of its households living in energy poverty (Simões et al., 2016). Seven years later, the Portuguese Government still does not define the concept and its form of measurement.This Dissertation explores the concept of energy poverty, analyzing the work done in the four countries of the European Union with an official concept and form of measurement. It also reviews the existing indicators in the literature for measuring energy poverty and its characteristics. Given the lack of official data in Portugal, a methodology for measuring energy poverty in the country was developed. This methodology presents an innovation by using data regarding the ideal energy consumption of each household to live in thermal comfort, which allows eliminating all the missing cases of households that do not consume energy because they know they cannot afford it. The methodology is based on the use of the Portal CasA+ Energy Efficiency Simulator for Building, whose results are later combined with three selected energy poverty indicators (10%, MIS, and LIHC). These indicators include in their variables data that characterize each of the 16 different types of households in the Central Region of Portugal considered.From the 864 diagnoses made, and based on the 10% indicator it is concluded that 50.7% of these households live in energy poverty, while according to the MIS indicator the percentage of households in energy poverty rises to 65.6%. If the LIHC indicator is used, the percentage of energy poor households is 17.4%. This analysis also allowed us to conclude that the equipment used for heating the houses is the one that most influenced the results. ; No "Terceiro relatório pan-europeu sobre pobreza energética do Observatório da Pobreza Energética da UE", Bouzarovski et al. (2020), reconhecem que "a pobreza energética em Portugal é um fenómeno amplamente negligenciado", reforçando o pouco trabalho desenvolvido pelo país sobre o assunto. Em 2013, o UE-SILC indicava que Portugal tinha entre 20% e 29% dos seus agregados familiares a viver em pobreza energética (Simões et al., 2016). Sete anos mais tarde, o Governo português continua sem definir o conceito e a sua forma de medição.A presente dissertação explora o conceito de pobreza energética, analisando o trabalho desenvolvido nos quatro países da União Europeia com um conceito e forma de medição oficiais. Faz também uma revisão sobre os indicadores existentes na literatura para medição da pobreza energética e as suas características. Face à inexistência de dados oficiais em Portugal, foi desenvolvida uma metodologia de medição de pobreza energética para o país. Esta metodologia apresenta uma inovação pelo uso de dados relativos ao consumo ideal de energia de cada agregado familiar para viver com conforto térmico, o que permite eliminar todos os casos omissos de agregados familiares que não consomem energia por saberem que não a podem pagar. A metodologia baseia-se no uso do Simulador de Eficiência Energética para Edifícios do Portal CasA+, cujos resultados obtidos são posteriormente conjugados com três indicadores de pobreza energética selecionados para o efeito (10%, MIS e LIHC). Estes indicadores incluem nas suas variáveis dados que caracterizam cada um dos 16 tipos diferentes de agregados familiares da Região Centro de Portugal considerados.A partir dos 864 diagnósticos realizados, e, tendo por base o indicador de 10% conclui-se que 50,7% desses agregados vive em pobreza energética, ao passo que segundo o indicador MIS a percentagem de agregados em pobreza energética sobe para 65,6%. Já se for utilizado indicador LIHC a percentagem de famílias pobres em termos energéticos é de 17,4%. Esta análise permitiu também concluir que os equipamentos usados para aquecimento das habitações são os que mais influenciaram os resultados.
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